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Poesias-->nada sei de amor -- 20/01/2002 - 19:54 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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confesso
desse amor nada sei
sei do amor que atravessa madrugadas
em luas prateadas de dor
sei do amor que umedece o corpo
seca a saliva
e faz versos em desassombro tamanho
que o suspiro mais curto
é como faca
- corta pulsos e sonhos
cai num abismo de agulhas frias
porque busca o falo ausente
e se ressente
num silêncio mortal
confesso
se é amor o que sentes
nada me contes
porque não saberia
além dessa ausência
não vive de lembrança
esse ardor
dá-lhe a água fria
dá-lhe o silêncio
para que possa mergulhar
para que possa esgotar
em afogamento
de mágoa e tristeza
o seu desejo faiscante
o seu sol que brilha
que rasga dias e noites
que ofusca e perturba
- inquietação permanente, rubra
ai, que desse amor não entendo
sobra-lhe solidão e esquecimento
aragem fria - dura memória
ah, não me dê versos nem palavras vãs
não me dê lembranças - promessas
quero presença palpável
quero beber até o fim da taça
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