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Textos_Religiosos-->O CÉU E O INFERNO -- 13/05/2009 - 11:47 (Orlando Batista dos Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“O inferno teológico das velhas oleogravuras hebraicas é um produto lendário e tradicional criado pela fantasia dos homens. Obedecendo ao próprio condicionamento da vida humana, os sacerdotes criaram o céu para estimular as virtudes; e o inferno para reduzir os pecados.
Toda beleza, bondade e pureza humanas serviriam para compor a figura atraente do anjo; e toda maldade, perfídia, sadismo e feiúra humanas formaram os atributos da figura atemorizante de Satanás. O anjo é o melhor imaginado pelo homem, e o diabo o pior.
Mas os teólogos esqueceram-se de melhorar tanto o céu como o inferno, à medida que a humanidade evoluiu através de novos descobrimentos científicos e realizações artísticas cada vez mais avançadas. Em conseqüência, o paraíso teológico ainda hoje apresenta as mesmas emoções e prazeres medíocres já conhecidos há milênios; e o inferno continua com os mesmos castigos anacrônicos e o cenário medieval de quando foi imaginado pela mente humana. O mundo terreno progrediu cientificamente em todos os setores de suas atividades, mas o céu ainda continua o palco das monótonas procissões de “eleitos”, cantando ladainhas ao som de rebecas e harpas chorosas; e o inferno, um lugar de bagunça, onde os gritos dos pecadores, torrando no fogo, misturam-se aos berros e à ira dos diabos neuróticos.
Mas a verdade é que o Diabo não passa de um produto mórbido da imaginação humana. Aliás, é muito difícil o homem pintar um diabo pior que si mesmo, pois a história terrena é pródiga de atrocidades, crimes, torpezas, impiedades ou vinganças, que ultrapassam a imaginação estreita de qualquer Lúcifer. Evidentemente, ele não teria capacidade para realizar cometimentos tão devastadores e horríveis como os das cruzadas da Idade Média, onde se retalhavam vivos os “infiéis”; milhares de católicos apunhalavam os protestantes por ordem de Catarina de Médicis; os sacerdotes torravam hereges e judeus, nas fogueiras da Santa Inquisição; ali matavam-se os cristãos nos circos romanos ou os transformavam em tochas vivas, para iluminar as orgias imperiais. Gêngis Khan fazia pirâmides de cabeças decepadas do inimigo; Átila, o “flagelo de Deus”, arrasava cidades indefesas, misturando o sangue humano com fogo; acolá, na China, praticavam chacinas monstruosas; na Turquia, enterravam-se vivos os condenados; na Índia, empalavam-se infelizes. Finalmente, na última guerra, os nazistas assassinavam milhões de judeus nas câmaras de gases, ou os fuzilavam em massa. E o pobre Diabo mitológico teria ficado estarrecido ante a volúpia e o sadismo do homem do século XX, que, premindo um botão, lançou a bomba atômica e transformou em gelatina fervente 120.000 criaturas que respiravam oxigênio e faziam planos de ventura.
Por conseguinte, o Diabo, na atualidade, é figura de pouca importância e bastante superada pelo maquiavelismo do homem, que o venceu em maldade, hipocrisia, luxúria, avareza e desonestidade.”
Fonte: Ramatís: A Missão do espiritismo.
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