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Contos-->Maria da Garage -- 26/11/2001 - 01:43 (Elisabeth Carvalho Nascimento) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Conheci Maria da Garage, em uma cidade do interior dessa Pátria idolatrada. Maria da Garage, respondia a processo crime por lesão corporal de natureza grave. E quando conversei com ela, procurei saber sobre sua história. Claro que primeiro tive a curiosidade em saber por que a chamavam de Maria da Garage.
Ela me explicou:
_É um camboio de sem veigonha qui tem aqui. Isso tudo é mode qui minha casa só tem uma poita laiga, aí eles cumeçaram a dizê qui aquilo era uma garage. Intonce o nome pegô e num sei cuma se ispaiô assim.
E sobre esse crime que você está sendo acusada? Perguntei.
_ Isso Dotôra, pura invencionice. Nesse tempo, eu morava na casa de minha mãe. Aí, eu tava debruçada no batente da janela da frente, quando vi chegar a moça que vende Avon, na casa da minha vizinha. Aí, eu cuma conhecia a moça, avisei: tu vai vendê, mais num vai recebê, qui aí é ruim de pagá o povo. Só qui a danada da minha vizinha ouviu meu comentário, pois minha casa é parede e meia com a dela. E ela gritou de dentro de casa:- Qui é qui você tem a vê cum minha vida, vagabunda? Intonce, eu saí da janela, fui prá dentro e junto da parede que dividia nossas casas respondi com mais disafôro. Nisso, notei qui ela ía falando de mim e entrando casa dentro. E eu de dentro da minha casa, fui entrando tombém. inquanto a xingação continuava. Paramo na cozinha, e eu gritei prá ela, que só via os prestanistas chegá na porta dela mode receber o dinheiro do qui tinham vendido e voltavam de mão abanando. Aí, ela passou pru quintá da casa e continuô me xingando, dizendo inté, qui eu recebia home em casa, num respeitando nem minha mãe. Aí eu num aguentei. Botei um tamborete e subi e fiquei xingando ela por cima do muro qui dividia os quintais. Foi quando ela me jogô um pedaço de pau. Se num me abaixo, acho qui num tava aqui contando a história prá sinhora. Intonce, desci do tamborete, peguei um tijolo e azuní por cima do muro. Pois num é, qui a veínha mãe dela, tinha saído pru quintá e a banda de tijolo achou de caí justo na cabeça dela? Ô danô-se! Foi uma correria, uma danação dos diabo! Eu só ouvia os gritos: matô minha mãe, sua puta!
Nisso, corri e fui me iscondê do outro lado do rio, nas casa de parente. Eu sei qui a veínha quase morre. Passô num sei quantos dia no hospitá. E eu na cadeia, pois me acharum e me prenderum. Adepois, fui sorta e tô respondendo a processo pur uma coisa qui eu num quiria fazê. Se eu tivesse sendo processada pur tê acertado a cabeça daquela cachorra, eu respondia sastifeita, mas a cabeça da veínha, qui num tinha nada a vê com a briga? Ói, pode creiar, me causa inté dó. Mas tombém, uma coisa me deixa sastifeita. Eu tô no processo, mas aquela nojenta num comprô os produto da Avon!
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