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Artigos-->CANTO DO REGRESSO -- 05/02/2004 - 19:18 (VIRGILIO DE ANDRADE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CANTO DO REGRESSO – Antonio Virgilio de Andrade - é uma paródia ao poema CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA – do Imortal Oswald de Andrade – que parodiou CANÇÃO DO EXÍLIO, do Mestre Gonçalves Dias.





CANTO DO REGRESSO



Minha terra tem paisagens

Que em outro lugar não há;

As aves que aqui trinam

Não trinam como os de lá.



Minha terra faz fronteira

Com a seca e o mar,

São tão imensuráveis suas riquezas

Que outra mais abençoada não há.



Minha terra tem fulgores

Que tais, não encontro eu cá,

E meditar, assim, sozinho

Sei que é melhor voltar.



Minha terra tem mais vida

Afago que não tenho cá;

Minha terra tem folguedos

Xaxado, baião, frevo, boi-bumbá;



Não permita Deus que eu morra

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute dos amores

Que não encontrei por cá;

Sem matar a sede no “Velho Chico”

E lavar a dor deste meu pená;

Sem adormecer no colo da morena

Sem o “Padin Cicero” me abençoá.



ANTONIO VIRGILIO DE ANDRADE





* * * * *



CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA



Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar

Os pássaros daqui

Não cantam como os de lá.



Minha terra tem mais rosas

E quase que mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas

Eu quero tudo de lá.



Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para São Paulo

Sem que veja a Rua 15

E o progresso de São Paulo.



QSWALD DE ANDRADE



* * * * *

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu cá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar - sozinho, à noite, -

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.



GONÇALVES DIAS

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