No mundo animal, poucas são as espécies conhecidas em que na corte e no coito, o macho não apresente risco de usar da violência contra a fêmea. Ao lado do aranho, que, por ser bem menor do que a pouco faceira companheira, pode se arriscar a ser devorado no pós-coito, estão, por exemplo os côbros, que não passam de um terço do tamanho das cobras e têm que formar um batalhão para pelo menos um deles chegar ao objetivo do acoplamento, os águios têm apenas dois terços do volume de suas esvoaçantes e mais agressivas parceiras; os hienos, rebaixados em tudo pelas hienas que até dispõem de um pseudo-pênis para intimidar e subjugar; os louva-deus, machos, coitados, são devorados ainda enquanto acoplados pelas insaciáveis caras-mais-que-a-metade; o pior lote, no entanto, e nu enquanto, parece ficar para os porcos-espinho, que por razões óbvias, até no pleno relaxamento e acerto, não têm como se livrar do aperto...
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