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Artigos-->Desonestidade de Propósitos II -- 04/02/2004 - 20:31 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Desonestidade de Propósitos II

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



O governo continua fazendo das suas. Improvisando e subestimando a inteligência do povo brasileiro. Desta feita em relação ao anúncio de que irá abrir concurso público para preenchimento de 41 mil vagas.



A medida, aparentemente salutar, principalmente em relação ao grosso da população que precisa, com urgência, de novas oportunidades de empregos, esconde uma série de impropriedades de ordem técnica e administrativa.



A primeira delas é a de que este governo, ao que tudo indica, não se presta ao culto da função “planejamento”. Peca pelas decisões fabricadas no calor das emoções; no pressuposto arrogante de que eles têm sempre a melhor solução para todos os problemas deste país. Não têm a humildade da consulta aos especialistas da área, e por isso deixam de ser transparentes em suas atitudes, gerando dúvidas sobre suas verdadeiras intenções.



Nenhuma empresa de grande porte, como , por comparação, pode ser assim considerada a Administração Pública Federal, descobre, de uma hora para outra, que precisa de 41 mil servidores. Isto é um absurdo do ponto de vista da administração de recursos humanos, e improvável, do ponto de vista estatístico e de visão empresarial.



O processo de vacância ocorre com menor lentidão.



Geralmente, na maioria das vezes, ele acontece na medida em que as pessoas vão se aposentando, falecendo ou pedindo demissão. Desse modo, vão surgindo novas vagas a serem preenchidas.



No tempo do DASP, extinto órgão central do, então, Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal – SIPEC, o processo funcionava atrelado ao rigoroso planejamento. Quando ocorria uma determinada vaga, em qualquer ministério ou autarquia, o DASP era, de pronto, comunicado.



Se houvesse remanescente de candidato habilitado e classificado em concurso público, para a categoria funcional objeto de vacância, a indicação e a nomeação era feita de imediato, a fim de que a Administração não sofresse solução de continuidade em suas atividades.



Caso contrário, e tão logo o número de vagas assim o justificasse, era aberto novo concurso público, com a finalidade de efetivar a recomposição da força de trabalho. Geralmente, quando as vagas atingissem patamares entre 50 a 100 vacâncias, mais ou menos, dependendo da categoria funcional.



Admitir, portanto, a necessidade de 41 mil novas contratações, é dar um atestado de descaso ou de incompetência. Seria o caso de perguntar como a Administração vinha funcionando sem essa força de trabalho? Sim, pois 41 mil servidores é um número considerável para o funcionamento de qualquer organização.



Nem quando se abre uma nova fábrica, há necessidade de tanta gente de uma só vez. Não é de se estranhar, portanto, que, até agora, não se sabe para onde serão nomeados tais servidores (ministério, departamento, seção, setor, etc) e muito menos que atribuições irão exercer.



Curioso, repito, é que a Administração, com esta falta de servidores, estava funcionando, bem ou mal, durante todo o ano de 2003, e ninguém se deu conta da falta de tais servidores.



Sem planejamento, sem honestidade de propósitos, não se chega a lugar nenhum. É evidente o desperdício de recursos deste governo. Não vou falar nem em compra de aviões, viagens ao exterior e criação de cargos comissionados e contratações terceirizadas, que burlam, de certa forma, o ingresso pelo sistema do mérito, quando não vêm acompanhadas de justificativas técnicas para sua efetivação.



Francamente. Se for este o jeito de governar do PT, estamos fritos e mal pagos.



04 de fevereiro de 2004









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