O movimento Marcha das Vadias (em inglês: SlutWalk) em sua essência luta pela igualdade de gêneros e pela liberdade das mulheres. Tudo se iniciou quando um policial canadense, após uma onda de estupros em Toronto aliou a maneira de se vestir com a elevação do índice deste crime e tendo dito que “as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias (sluts, no inglês original), para não serem vítimas". Isso revoltou mulheres ao redor do mundo todo e em tempos de internet a coisa “pegou” rápido. E o nome “vadias” passou a ser usado de forma irreverente para servir tanto como critica ou como desafio a sociedade machista e patriarcal.
Numa releitura do que aconteceu na década com a queima dos sutiãs pelas feministas, a marca registrada das manifestantes, que é deixar os seios a amostra, visa mostrar que o corpo da mulher e sua anatomia não devem estar exclusivamente aliados à sexualidade. Os peitos à mostra da Marcha das Vadias representaram, em primeiro lugar, a idéia de que indecência ou a vulgaridade são apenas aquilo que tratamos como tal. E em segundo lugar as mulheres querem ter direito a decidir sobre seu próprio corpo, inclusive se podem ou não abortar. O seio a amostra, desnudo e livre simboliza a estética da indignação, representa a dignidade do corpo da mulher, quebrando tabus, elevando a autoconfiança e expandindo a importância da mulher além de seu corpo. O seio de fora é contra não só a violência física que sofrem as mulheres, mas também contra a institucionalizada, contra todas as linhas de pensamento machistas e moralistas que visam aprisionar a mulher em uma condição submissa.
Sou totalmente a favor de todas as manifestações de liberdades individuais, inclusive a questão do aborto não sou a favor, mas sou partidário de que haja uma discussão mais ampla sobre o assunto.Porém como considero a vida também em sua dimensão espiritual, jamais seria a favor do aborto, porque a escolha da mulher em ter um filho ou não vem bem antes dela engravidar, vem antes e durante o ato sexual que origina aquela gestação.Naquele momento toda mulher e todo homem sabe plenamente dos riscos que correm.A lei dos homens não podem mesmo proibir uma mulher de dispor do seu corpo como ela quiser, mas além dessas leis, para quem acredita, há outras.
