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Textos_Religiosos-->A MISSA ENCURTA E ESPICHA -- 01/05/2009 - 22:48 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A MISSA ENCURTA E ESPICHA

Quando os padres inventaram a missa em substituição à Santa Ceia de Jesus, o que eles visavam era ganhar muito dinheiro.

Assim foi dito ao povo ingênuo e crédulo: - Quem perder uma só missa na vida, não importa a quantas missas tenha ido, ao morrer irá direto para o inferno de fogo, que arde e queima sem nunca se apagar.

Porém tem o caminho do meio que muitos preferem seguir, até porque não tem outro jeito de se safar dessa engenhoca diabólica tão bem arquitetada pelos Santos Pais da Igreja.

Por mais santa que uma alma seja, não poderá entrar no céu sem antes parar no purgatório, onde passará a viver temporariamente em meio às chamas, já logo após a morte.

O purgatório tem tudo de inferno, pois é também uma fogueira que jamais se apaga, com uma só diferença: Quem vai para o purgatório, aliás, até mesmo o mais santo vai, ficará lá se torrando por tempo determinado, dependendo das culpas pequenas que nunca Deus Pai bondoso perdoa.

Entretanto, por ser Ele, o Pai que ama tanto seus filhos, muito justo e misericordioso, marca o tempo necessário, de alma para alma, até que esta pague até o último centavo de sua dívida ante o Juiz Supremo.

Esse Juiz Supremo é o nosso amoroso Deus Pai que nem sequer poupou seu Filho Unigênito por causa dos nossos pecados, para saciar sua eterna sede de sangue.

Apesar desse terrorismo todo, há uma atenuante para aquelas almas que deixaram neste mundo uma porção de dinheiro, cuja família fará um bom negócio se recomendarem muitas missas para o saudoso ente querido que nas chamas ardentes do purgatório suplica por uma gota de água fresca e que a recebe por cada missa rezada, porém antes comprada e paga pelos seus piedosos parentes daqui da terra.

Aqui eu me refiro à gota de água como metáfora para significar o efeito benéfico que cada missa rezada por uma alma lhe cai como um refrigério, aliviando e abreviando os atrozes sofrimentos causados pelas labaredas ardentes do fogo purificador, fogo esse sete vezes mais quente que aquele de uma fornalha daqui da terra e que para ser um pouco menos abrazador, só depende das mãos e dos bolsos piedosos dos entes queridos que as almas impregnadas de pecados veniais deixaram como herdeiros.

Esses parentes, quase sempre os próprios filhos, muitas vezes esquecem ou não querem pagar o preço de uma infinidade de missas para que a alma do falecido seja refrescada minimamente por uma gota da água benta que a Santa Madre Igreja dispõe no seu reservatório unicamente para esses fins.

Tais filhos ingratos estarão sujeitos a malogros da sorte, pois a alma do pai querido ou da mãe adorada pragueja contra eles que se apropriaram do dinheiro deixado e não querem pagar por uma missa sequer, mesmo que ela valha apenas uma gota de água fria, embora custe um bom dinheiro, que os filhos malvados e sovinas preferem gastar ou guardar para quando chegar a vez deles.

Durante as missas de domingo, antigamente rezada em latim, que o povo não entendia patavina nenhuma, o padre bradava na hora do sermão, agora sim falando a língua do povo, que esses filhos ingratos nunca teriam sorte na vida, enquanto não resgatassem seus pais das chamas ardentes do purgatório, mandando rezar por eles muitas missas e lhes pagando por elas o justo preço.

Para ser razoável, devo dizer que hoje as coisas mudaram muito e o jeito da Igreja Católica Romana e de outras suas irmãs Protestantes ganharem muito dinheiro com a credulidade do povo também tomaram outros rumos mais sofisticados, porém não menos eficazes e infernais como nos tempos de outrora.

Mas para ficar somente na missa, tema deste artigo, falta-me dizer que os padres de antanho nunca iam a busca da ovelha perdida, pois para isso bastava o badalar dos sinos pendurados no topo das torres imponentes que as igrejas ostentavam.

Ai daquelas ovelhas que não comparecessem na hora certa que os sinos tiniam, pois estavam irremediavelmente condenadas ao fogo eterno, exceto se depois, arrependidas, viessem confessar ao pároco, que quase sempre lhes dava por penitência mandar rezar missas pelas almas do purgatório, condição imposta para a absolvição já dada antecipadamente, mas que não valeria se o fiel não cumprisse a sua parte.

Antes do Concílio Ecumênico Vaticano II, quando as missas eram rezadas em latim, dizia-se que o fiel, logo após o estrondo dos sinos, ia à igreja para ver o padre dizer a missa, de costas para o povo, sem que este participasse de nada, a não ser rezando o Terço.

Logo após o famoso Concílio Vaticano II, que até hoje nunca foi posto em prática na sua essência, muito embora já esteja defasado em relação ao século XXI, recomendava-se aos fiéis não mais ouvir o padre dizer a missa de costas para o povo e sim ouvir o vigário rezar a missa.

Antes do citado Concílo, o padre recitava a missa em latim, de costas para o povo vislumbrado ante aquele malabarismo todo, pois que se ajoelhava um monte de vezes, mudava o cálice da direita para a esquerda e em seguida para o meio do altar, mas no seu papagaiar latinizado, sempre de costas para os fiéis, voltava-se e dizia “Dominus vobiscum”, ao que o povo respondia sem saber o que significava: “Et cum spiritu tuo.

Depois que a missa passou a ser rezada no vernáculo, ficou até um pouco mais interessante, embora ainda seja um ritual repetitivo e maçante, algumas vezes curto, mas quase sempre comprido demais para a paciência de pessoas que têm muito o que fazer.

Resumindo e concluindo, a missa desde que eu a conheci nos tenros anos de criança, sofreu uma evolução, qual seja: Antigamente o povo era convocado pelo badalar do sino e ia à igreja pra ver o padre dizer a missa numa língua estranha que escutava em silêncio.

Depois mudaram para melhor, isto é: O povo é obrigado a ir à igreja para escutar o padre rezar a missa de cabo a rabo, mas totalmente em silêncio, ou desfilando o rosário.

Hoje já se diz que o povo deve ir à igreja para participar da missa com o seu celebrante, sempre o padre, é claro, pois na falta deste só se tem a chamada “missa seca”, ou seja, sem a consagração das espécies, mas com a comunhão dos fiéis nas hóstias já consagradas pelo sacerdote e guardadas no sacrário dourado e fechado à chaves.

Para finalizar eu lhes pergunto:

O que isso tudo tem a ver com a boa nova de Jesus, o Nazareno? Pelo que sabemos, Jesus nunca foi um freqüentador do Templo e detestava aqueles rituais religiosos dos sumos sacerdotes que os celebravam em troca da moeda corrente.

O Homem Deus Jesus se impacientou ao ver que os sacerdotes roubavam da viúva pobre o último centavo, tanto que expulsou todos de lá com um chicote de cordas e ainda disse que daquele mausoléu não ficaria pedra sobre pedra.

A paz de Jesus esteja com vocês, meus irmãos e minhas irmãs.

In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. Amen.

BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
















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