Apresentamos agora o BEBALDO, um sujeito que bebia todas, sem restrição,
Todavia, era um bebum até tolerável, pelo seu grande espírito de diversão,
E “deletando” algumas chatices, a alegria estava com ele sempre presente.
Hoje, ele não bebe mais, está livre deste vício que prejudica o ser humano,
Ficou, porém, suas estórias, inclusive aquelas em que “entrou pelo cano”,
O próprio Bebaldo as contará e, se não forem pesadas, a gente consente...
A seguir, o próprio Bebaldo vai nos contar uma de suas lembranças...
Cordialmente,
Laviro Uedat Sepol ad Avlis
FUI DANÇAR COM A DAMA DE PRETO E DANCEI...
“Certa noite, depois de beber quase todas, o buteco fechou e, não tive outra alternativa, senão procurar o caminho de casa. Contrariado e cambaleando de bêbado, comecei a vagar pelas ruas. Já nem sabia o caminho...
De repente vejo uma casa aberta e entrei. Estava cheia de gente, mas não conseguia reconhecer ninguém. As pessoas estavam, como se diz na fotografia, sem resolução. Meus olhos não identificavam nada. Tudo estava embaralhado.
Parece-me, então, ouvir uma música e creio que todos a estão cantando...
Encosto-me na porta e meus olhos conseguem vislumbrar uma dama com um vestido longo, todo preto... É agora ou nunca, pensei. Tenho que dançar com esta prenda. Aproximei-me dela e falei:
- Madame... hic. Me dá o prazer dessa dança? hic
E foi aí que ouvi os seguintes comentários (hic):
- Primeiro, o senhor está bêbado! Segundo, isto não é um baile, é um velório! Terceiro, não se dança o Pai Nosso! E quarto porque "Madame" é a puta que o pariu! Eu sou o padre, viu!”
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