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Artigos-->O HOMEM, ESSE ESTÚPIDO -- 29/01/2004 - 09:39 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








O HOMEM ESSE ESTÚPIDO

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





O homem, esse estúpido. Não tem jeito, não agüento. Inventou o telefone. E não sabe usar direito. Passa trote todo dia. Abusa, faz covardia. Atrapalha o bombeiro. A polícia e o mundo inteiro. Aprimora seu intento. Sem fio, e mais barato. Assim transforma o invento. Mas aproveita o momento. Leva o fone no bolso. E entrega pro amigo. Aquele que está detento. O chefe de uma quadrilha. Que lá da prisão, lá dentro. Aproveita o momento. Comanda o crime na rua. Um verdadeiro tormento. Faz mal uso do experimento. Não dá bola pro agente. Muito menos pro sargento.



Quando pega o microfone. Sai palavra com defeito. Mente com sinceridade. Bravatas e fantasia. Não fala coisa com coisa. Desmente o que prometia. Solta piada sem graça. Desvia o rumo da prosa. Se for pego na mentira. Numa questão enganosa. Parece o dono da bola. Só ele é quem tem razão. Vai tirando da cachola. Pensando que não amola. O pobre do cidadão. Que lhe arranjou um emprego. Em troca de dez milhões. E hoje, desempregado. Viu a besteira que fez. Acreditou no Fome Zero. E ainda só come uma vez. Agora no fim de ano. Com as festas de Natal. Todo mundo arrecada. De tudo que se consome. Brinquedo, carne e feijão. Tudo é arrecadado. Tudo em cima colocado. Em cima do caminhão. Que leva a mercadoria. Lá pras bandas do sertão.



Depois a televisão. Que não era colorida. Mas divertia um bocado. Imagem e som na tela. Cinema dentro de casa. No início, a novidade. A todos ela encantava. E o homem não satisfeito. Coloriu a nossa imagem. Fez o trabalho perfeito. O som foi também melhorado. E para o mais preguiçoso. Apareceu o remoto. Basta só ficar deitado. A apertar com o dedo. Que o canal é trocado. Notícia ou futebol. Política e Carnaval.



E o tempo foi passando. E a coisa ficou sem graça. Em nome da audiência. Apelo à baixaria. Sexo feito na hora. Quase na cara da gente. Bem na hora do almoço. Criança em alvoroço. Apresentando defeito. Mostram seu grande caroço. Apelo emocional. Mulheres de seios de fora. Intrigas de casal. Briga marido e mulher. Só assiste quem quiser. Mas dentro de minha casa. Só ela que mete a colher. Não pode entrar quem quiser. Enquanto força eu tiver.



E veio a esculhambação. Muito programa terrível. Bem perto da eleição. O tal do horário político. Apesar da concessão. Muitas caras e caretas. Não falam, não dizem nada. Só o nome e o número. Pro dia da votação. E em alguns outros casos. Com quem fez coligação. Juntando esta receita. A confusão fica feita. Pesquisa de opinião. Se a eleição fosse hoje. Embora saibamos que não. Vence o mais apropriado. Pra segurar o refrão. Ajudar a economia. Combater a corrupção. Acabar com a inflação. No alto, em cima do muro. Somente a taxa de juro. Pra agradar ao seu patrão. Geralmente um banqueiro. Um homem muito sabido. Do sistema financeiro. Que aqui formou seu ninho. Ganha rios de dinheiro. Chamado de investimento. Capital do estrangeiro. Enquanto alguém disfarça. E contrata um doleiro. Pra mandar pro paraíso. Notas sujas, mal cheirosas. Pra lavagem, companheiro.



É a tecnologia. A serviço do progresso. Tudo é feito sempre às claras. Sob o olhar do nosso Congresso. Que trabalha quando pode. E ainda tem recesso. Recesso de fim de ano. Quando todos vão embora. Só fica o povo entrando. Como sempre, pelo cano. Sua volta, não demora. Lá pro fim de fevereiro. Casa de pau, espeto de ferro. É a casa do ferreiro. E quem sempre fica ferrado. É o pobre brasileiro.



Chegamos ao computador. Todo mundo bem ligado. Nesse mundo virtual. Tudo é neo-liberal. Conhecimento e cultura. Sempre a nível mundial. Amizades são seladas. Muda-se comportamentos. Informação genial. Sexo, drogas e orgias. De tudo se vende na tela. Casamentos entre homens. E também entre mulheres. Propaganda enganosa. Piratas e invasores. Pedofilia animal. Seqüestro de professores. Tudo passa a ser normal. Compras e pagamentos. Saques e coisa e tal. Banco vinte e quatro horas. Cartão de crédito clonado. Seu dinheiro é roubado.



Apelo de um tarado. Na conversa informal. E quando falta energia. Ou vem a pirataria. A gente desliga tudo. Ficamos cegos e mudos. Aflitos sem o teclado. Sofre a mãe e sofre o pai. E o menino bem mimado. E como a televisão. O micro foi deturpado. Não se presta hoje em dia. Á uma boa educação. E quem se atreve a reclamar. Tem logo a má impressão. É taxado de censura. Censura prévia, pois não. Do tempo da ditadura. Censura de opinião. Mas quando a imprensa omite. Distorce e também confunde. A censura também persiste. Mas essa é permitida. Em nome da liberdade. Liberdade de expressão. Dois pesos e uma medida.



E assim a coisa caminha. Desde o primeiro momento. E não tem explicação. O uso equivocado. De todo e qualquer invento. Lembra do avião? Para encurtar a distância? Pois virou arma de guerra. Uma arma traiçoeira. Já derrubou duas torres. De uma cidade altaneira.



Mas o pior ainda não veio. Na busca do vil metal. Seja nota ou mineral. O homem está acabando. O habitat natural. Não dá a menor atenção. Ao problema ambiental. A água está acabando. O ar está poluído. O clima está esquentando. Não faz o menor sentido. Guardar tanto dinheiro. Pra ficar arrependido. Pois a falta de educação. Tomou conta do planeta. E de toda a galáxia. De Mercúrio a Plutão. O homem é filho da mãe. Mas não merece o perdão. Só olha pro seu umbigo. Esquece o do seu irmão.



Inverte a ordem das coisas. Vive em busca de dinheiro. A economia vem na frente. Antes mesmo do primeiro. Que seria o natural. O homem no centro de tudo. Com justiça social. Mas o que fazem eles? Basta ler o jornal. Estados Unidos e Rússia. Mais uma vez joga mal. Desistem de colaborar. No cuidado ambiental. Estão fora do acordo. Do acordo de Kioto. Um pensamento maroto. Não ligam para o buraco. O buraco de ozônio. Preferem o seu mercado. Mercado de geladeiras. À base daquele gás. Que aumenta o buraco. Paradigma e ironia. Falta de sabedoria. Pois fabricar geladeira. Pensando só no dinheiro. Ao mesmo tempo aumentando. O calor no mundo inteiro. Vai derreter a geleira. Os mares se encherão. Provocando a inundação. A água penetra nas casas. E faz aquela sujeira. De nada adiantou. Preservar a economia. Fabricando geladeira.



Só nos resta protestar. Diante de tanta bobeira. Ganância e muita asneira. Apego ao material. Miséria sob encomenda. Concentração de renda. A imensa dívida externa. O Brasil vai afundando. Para dentro da cisterna. E nosso presidente. Continua viajando. Passa mil e uma noites. E mais um tanto de dias. E ele fica pensando. Que é o próprio Messias.



Que recebeu a missão. De consertar nosso mundo. Dada pelo Criador. Que nem nele votou. Pois não é eleitor. Apesar de brasileiro. E ser nosso companheiro. Não se mete com o Fundo. Nem com a ingenuidade. Do presidente sindical. Que falava em liberdade. Em ética e em moral. E pensa que com bravatas. Sem mostrar eficiência. Acaba com a fome no mundo. Mesmo sem ter competência. Apesar da inteligência. E de sua honestidade. É um equívoco brutal. Jogar só com boa vontade. E o desejo escondido. De ser nosso salvador. E ser bem compreendido. No fundo, um gozador. Que imita o antecessor. Tomara que ao final. Não fique arrependido. De um dia ter assumido. A cadeira de presidente. E nada ter produzido. Para toda nossa gente.

















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