No começo do ano, o Brasil resolveu aplicar o princípio da reciprocidade. Assim como os americanos identificam os brasileiros que chegam ao país, o Brasil faz o mesmo, só que com tecnologia paleolítica. Os americanos reclamaram da demora, pois eles não identificam apenas brasileiros, mas cidadãos de vários outros países.
Os Estados Unidos estão ficando paranóicos. Todo mundo é considerado por eles um terrorista em potencial. Agora, além da identificação, também seremos classificados por cores de acordo com nossa periculosidade. Eles podem fazer tudo com os outros, mas quando suas próprias idéias são usadas com eles, é discriminação, vira incidente diplomático.
Incidente diplomática aconteceu esta semana em Cumbica com um comandante da American Airlines. Ele fez um gesto obsceno quando da foto de identificação acompanhado de risos por parte da tripulação. Todos acabaram “detidos” na sala VIP da empresa e impedidos de entrar em território brasileiro. O comandante foi acusado de desacato à autoridade e obrigado a pagar uma multa de R$ 36 mil. Isso sim é o que se pode chamar de incidente diplomático. Se fosse o inverso, a coisa teria sido bem pior.
A paranóia americana acerca dos ataques terroristas está afetando o mundo todo, em especial, no último ano, o Iraque. Quantos inocentes morreram desde o início desta guerra insana? Quantos ainda vão morrer? E a principal pergunta: quantas armas químicas e de destruição em massa foram achadas até agora? Nenhuma. Quantos morreram por causa disso? Milhares.
Até quando o mundo vai agüentar um presidente paranóico que se acha o dono do mundo?