Pinóquio só tem um, mas nessa história existem dois: um americano e um britânico. Os dois inventaram tantas mentiras para justificar seus atos injustificáveis. Se realmente fossem bonequinhos de madeira, seus narizes estariam de um tamanho descomunal. Só que nesta história não existe fada azul que os transformará em meninos de verdade.
Os “fatos” apresentados por Bush e Blair para justificar a guerra contra o Iraque até agora não foram comprovados e alguns até desmentidos. Semana passada, o responsável pelos relatórios ingleses foi encontrado morto. A notícia foi dada essa semana numa grande revista jornalística com o seguinte título: O homem que sabia demais. Há várias especulações para o ocorrido, uma delas é assassinato. Parece até roteiro de filme de espionagem.
Mentiras. Há mentiras por todos os lados dessa guerra. Blair e Bush estão numa grande enrascada. Mas há quem possa dizer: Bill Clinton também mentiu sobre o caso com a estagiária. Contudo, há uma grande diferença entre Bush e Clinton. As mentiras do primeiro mataram milhares de pessoas, as do segundo, apenas afetaram seu casamento. Então, há mentiras e mentiras? Claro, mas nenhuma mentira é justificável, por menor que seja.
A guerra do Iraque foi uma guerra falsa, baseada em fatos que até agora não foram comprovados. Após quatro meses, nem armas químicas, biológicas ou nucleares foram encontradas, ou seja, os fatores que desencadearam a ofensiva contra o Iraque.