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cronicas-->Já vou mãe -- 31/07/2001 - 10:02 (Mastrô Figueyra de Athayde) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Correria, aflição, cansaço. Dedos e pensamento à mil. "Preciso escrever ainda três laudas. Que droga de rebelião!". Foi assim que tudo começou. O repórter policial a mercê de seu estafante trabalho, tendo por obrigação de entregar a matéria em ordem. O relógio já soava 23 horas e após escrever, a farra o esperava, juntamente com os seus amigos de trabalho. Ao fechar a sua bolsa com a máquina fotográfica em punho, soa-se pelo silêncio da redação a sétima sinfonia de Bethoven. "Pan, Pan, Pan, Pannnn!!! Pan, Pan, Pan, Pan, Pannnnn!!!", o repórter mais do que depressa saca o celular e vê pelo identificador de chamadas o número. "Putz!! É a minha mãe!", indaga o jovem repórter que acabara há pouco tempo de sair da faculdade.
- Aló! Mãe? Oi mãe, tudo bem? Olha, vou chegar um pouco tarde em casa. A galera do jornal e eu vamos para um barzinho! Quê? Calma mãe! Chegarei cedo em casa... o pessoal vai me deixar em casa... mãe, eu não vou beber! A senhora abre o portão para mim? É que esqueci as chaves... o quê? Terei que pular o muro? Vou dormir com o cachorro...
E assim o jovem repórter policial, que está acostumado a falar com bandido perigoso e de cara feia, ficou dialogando com a sua zelosa mãe. Por mais que o repórter tentasse falar com a sua mama, mais prerrogativas o jovem tinha que tentar sem safar.
- Minha mãe é super protetora!, dizia ele já todo vermelho, virando motivo de chacota entre seus amigos de serviço. Mesmo assim ele saiu firme e forte, mas preocupado, sabendo que em sua casa, um coração permanecia em prontidão, sempre antenada e esperançosa pelo filho que viera chegar horas depois de uma grande espera.
O filho, repórter policial, chega na sua casa, após uma boa gandaia e, como a promessa, o jovem tem que se aventurar. Mesmo com álcool na cabeça, ele pula o muro e bate três vezes na velha porta de madeira. A sua mãe abre com a cara toda amassada de uma noite até então mal dormida. O repórter entra em sua casa e mal olha para a cara de sua mama, sendo que a mesma não fala sequer uma única palavra. Ele se dirige para o seu quarto, se troca e pula na cama. Passado alguns minutos, a mãe entra no quarto, se aproxima, passa a mão sobre a cabeça do filho e dá um beijo em sua testa. Em um gesto imediato, o filho repórter diz em tom de emocionado e um tanto chapado: - Benção mãe! E a mãe: Deus que te abençoe, meu filho. Mas, você vai dormir sem tomar banho? - esbraveja a progenitora - Ah, isso não pode! Feliz, o repórter aventureiro responde: Já vou mãe!

Mastro Figueira de Athayde é cronista e filho de uma mãe maravilhosa


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