Entrega-me tua boca sôfrega
À sede dos meus beijos flamejantes
Oferta-me as tuas mãos
Florescidas de delírios e carícias
Sente no murmurar do arrepio
O arfar do êxtase que se consome
Ouve no silêncio do rubor
O desnudar dos mistérios úmidos
Degusta nos meus lábios a cumplicidade
Soletrando sensações em uníssono
Afaga a pétala dos meus anseios
E na consumação de cada hora
Quando os lençóis da aurora
Despirem o leito do firmamento
Amanhece mais uma vez em mim
Acolhendo com teu corpo de sol
A flor orvalhada dos meus desejos