| Olá pessoal. Esta é para os futuros físicos, físicos-médicos, admiradores ou simpatizantes da Física. Acaba de sair do forno o livro "Um Universo Diferente: Reinventando a Física", escrito por Robert Laughlin, Basic Books, 2005. Não adianta chorar: ainda está só em inglês. Na sua essência, o livro mostra o triunfo da emergência sobre o reducionismo de uma maneira nova, já que isso já vem sendo falado por muitos. Segundo Philip Anderson que faz uma resenha do livro na edição de ontem, 07 de abril de 2005, da revista britânica "Nature" (que os físicos CARTE não lêem...), Laughlin mostra que grandes objetos ou organismos como nós, os seres humanos, se constituem no produto final dos princípios de organização e do comportamento coletivo que não pode, sob hipótese alguma, ser reduzido ao comportamento dos nossos elementos constituintes. Essa última visão é a da redução, rigidamente pregada sob a ameaça da “pena de morte” dentro da academia. O mais puro do terrorismo que passa pelo “minha prova é foda mesmo”, “tem que seguir a Física Clássica e medir quantidade de movimento de carrinhos ideais”, “tem que usar os equipamentos novos”, “não pode fugir uma vírgula do Plano de Ensino”, “Capra já foi físico, hoje é um místico”, “Morin não é físico”, “Ivan é louco” e por aí a fora. Quem ousar discordar, FOGUEIRA... Ao surgimento do termo EMERGÊNCIA estudado por Laughlin no livro mencionado e que tem sido muito falado nas últimas décadas por, segundo eles, "físicos doidos", pergunta-se como numa classe de alunos primários retardados: Cuma??? M o que??? Pois é, ainda segundo Anderson, a complexidade é mostrada no livro de Laughlin de uma forma nova, gostosa e atual. Então, ao final de uma serena sexta-feira de Lua Nova Ariana, fico pensando cá com meus botões: será que ninguém de nosso universo unespiano, seguidor implacável do mecanicismo racional, clássico e ortogonal, candidato a anteontem, almeja saborear uma lasquinha que seja de um livro como esse? Nem por curiosidade??? Será que os urubus insistem em não reconhecer que fizeram da mais basal e lamacenta Caverna de Platão o seu habitat natural??? Será que seria apenas um "wishfull thinking" de minha parte, ou seja, uma ilusão netuniana como uma nuvem passageira, o desejo de que alunos e professores FULL CARTE pudessem desejar conhecer a Física do Novo Milênio? Será que nem sentem cócegas de conhecer esse novo lado da Física? Será possível que os jurássicos ainda teimam em serem súditos fiéis e exclusivos do Halliday e do Tipler e permanecerem nos primeiros degraus evolutivos do conhecimento da "Physis"? You bet!!! |
