Usina de Letras
Usina de Letras
96 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62243 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10369)

Erótico (13570)

Frases (50641)

Humor (20032)

Infantil (5440)

Infanto Juvenil (4770)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140811)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6198)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->O LIVRO E A INTERNET -- 28/07/2001 - 15:55 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ouvi, há alguns dias, num telejornal, uma notícia que me deixou feliz, mas ao mesmo tempo descrente: a venda de livros infanto-juvenis, no Brasil, subiu 50% (cinquenta por cento!) neste ano de 2001. Só que este índice fabuloso, segundo a notícia, era creditado à Internet. E foi este crédito que tornou discutível a informação. Está certo que a Internet facilita a divulgação de quase tudo o que é publicado, tanto no suporte tradicional, o livro impresso, como em outras mídias, proporcionando maiores opções de escolha. Mas daí a dizer que foi ela quem provocou um aumento tão significativo nas vendas, vai um tanto de exagero.
A Internet é um recurso tecnológico valioso na pesquisa de qualquer assunto e uma ferramenta insubstituível nos dias atuais. Mas é sabido, também, que os adolescentes que tem acesso, não vão à rede procurar novos títulos para ler, com raras exceções. Eles participam de bate-papos em salas de chat, icq e outros programas de comunicação, participam de jogos on-line, capturam e trocam músicas, navegam ao sabor dos sites. O que é natural, diga-se de passagem, mas isso ocupa um tempo que poderia ser usado para ler, por exemplo. É, portanto, inverídico, creditar à Internet o crescimento do índice de leitura em crianças e adolescentes.
Acredito que o índice de cinquenta por cento no incremento da venda de livros infanto-juvenis pode ser correto, pois como já escrevemos em outra oportunidade, o que vimos na última Bienal do Livro ajuda a corroborar isto: famílias inteiras foram à feira, pagando ingresso para poder comprar livros e saíam de lá sempre com algum título nas mãos. E quando digo famílias inteiras, quero dizer pais com os filhos - crianças, jovens, adolescentes.
Interessante que, poucos dias depois de ouvir essa notícia, leio numa dessas revistas de informação semanais, uma matéria de capa a respeito de pesquisa sobre leitura, que veio de encontro àquilo que havíamos concluído, quando voltamos da Bienal: o brasileiro gosta de ler. Ele pode até não ter dinheiro para comprar livros, mas gosta de ler.
De acordo com a pesquisa, 78% de cinco mil, quinhentos e três pessoas consultadas em quarenta cidades brasileiras, gostam de ler livros - e há que se considerar que esta é uma esmagadora maioria daqueles que responderam ao que foi perguntado. Destes, 62% por cento leram ou consultaram livros em 2000 e 30 % leram livros nos três meses que antecederam a pesquisa, que começou no final do ano passado e foi até janeiro deste ano.
Outra descoberta interessante é quanto aos gêneros preferidos por esse índice de 78 % das pessoas entrevistadas, que tinham idade a partir de quatorze anos. Vinte e nove por cento prefere a literatura classificada como adulta pela pesquisa, onde se inclui ficção, história da literatura, ensaios, poesia.
A literatura infanto-juvenil quase não aparece, nesta pesquisa, pois os entrevistados tinham a partir de quatorze anos: apenas quatro por cento. Mas se as vendas dos livros infanto-juvenis cresceram cinquenta por cento - e sabemos que este gênero é um dos que mais vende, nos últimos tempos - em se baixando o limite de idade para sete anos na referida pesquisa, o índice seria muito maior.



Http://planeta.terra.com.br/arte/prosapoesiaecia
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui