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Artigos-->... Arco-íris, sonharia?!/ARCO-ÍRIS/Suave Brisa - Maria /Pei -- 14/01/2004 - 00:13 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
... Arco-íris, sonharia?!



Maria Petronilho









Seguia eu, sonhadora



Na falda seca da duna.



Sequiosa anelava



O mar que fantasiava



De ondas, marés, espuma....



Caminhava alheada



Na rotina costumeira



Tocando a areia nua.



Ele surgiu-me do nada,



Como súbita neblina.



Abraçou a minha alma



E foi sede renascida.



Cada dia mais cerrada



A nuvem humedecia



Meus sonhos, que atraía



Remota fonte de bruma....



Sem mais, senti-me cingida



E minha aridez aspergida



Deu consigo trespassada



Pela nuvem que a roçava



... Arco-íris, sonharia?!







10/1/2003





















ARCO-ÍRIS



Entre sonhos em que deslumbras

Este ente sonhador mareia

Ondulam entre ondas brumosas

Na areia do tempo, dunas que enfeitiçam

Ávida é a carne que desejo

Dobras sobre a tua suave têmpera

Ah! desejosos anseios que tomamos

Entre sonhos somos mundanos

Amamos sim, com todas as nossas forças

Calamos o mundo com nossos desejos

De frente para a janela que agora nos veem

Sinto o frescor de tua pele agora

E o gosto de teus beijos

E desse mundo que desdém da felicidade

Somos o espelho que refugam

Entre sonhos, sonhamos o mundo justo

Onde apenas o amor prevalece

E cada vez que tomo teu corpo

Uma nova flor se abre no Jardim

Até a velha nau escura fica em brilhos

Como se o teu prazer saciado

Novos brilhos trazem para esses que nada entendem

Entre sonhos, um amor entre os justos

Principia um universo de alegrias

E na ponta do arco-íris

Encontrará o meu coração sorridente

Com novas libições ao grande prazer

Deste viver tão intenso

Entre sonhos, acordei com uma lágrima

A escorrer pela face de alegria

E nesse espelho vislumbrei

Que o bom da vida está entre nós.



Peixão89



***



Suave Brisa



Maria Petronilho







Suave a brisa que sopra



Docemente me afaga



Vinda da Ilha longínqua



De onde por entre a bruma



Sussurra o homem-sereia



E o desejo, qual onda



vai-e-vai e vem-e-volta



Etéreo, porquanto é sonho



E alvo, porquanto é espuma!





Almada, Portugal

11/1/2004





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