Não vê o meu rosto.
Come meus poemas e transa com meus textos.
Na rua anda nua.
Me manda bilhetes de amor.
O telefone não é celular.
E, lá vai ela vestida só pra mim.
A sua beleza me perturba.
Arrupia meu pescoço.
Ama o meu sexo.
E amo o seu.
Esqueço o nome dela.
Ela não liga
Não precisa de nome.
Estamos em outro planeta.
Temos a nossa nave.
De vez em quando pousamos.
Estamos sempre juntos.
E ninguém nos vê.
Não temos digitais.
E não deixamos rastros.
Somos invisíveis.
Autor: Marco Túlio de Souza
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