Usina de Letras
Usina de Letras
227 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50575)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O que não fizemos, de Michel Pinheiro -- 10/01/2004 - 12:28 (Michel Pinheiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O que não fizemos.





Publicado no jornal O POVO, dia 31 de maio de 2006





Michel Pinheiro

Juiz de Direito





Imbuídos do espírito de renovação, atuamos na direção da Associação Cearense de Magistrados. O sentimento era de mudar paradigmas, quebrantar tabus, suplantar velhos conceitos, instalar nova filosofia de ação e de concepção. Encerrada a gestão, cabe dizer o que não fizemos. De início, impende-nos consignar que tivemos o intuito de administrar com a visão de beneficiar a coletividade associativa, divorciando-nos do prestígio ao individualismo. Não houve postura voltada à bajulação, prática incompatível com a digna independência da função judicante. Não ocorreram homenagens infundadas e inconseqüentes. Não utilizamos a associação com mesuras embustidas para autopromoções. Não quedamos à passividade diante da busca incondicional da verdade sobre denúncias soerguidas contra membros do Judiciário – uma obrigação. Não sucumbimos à omissão na defesa das prerrogativas da magistratura diante da reforma da previdência, com efetivo e indesejoso risco de fragilização do Poder encarregado de limitar os ímpetos. Não relaxamos na tarefa de zelar pela aplicação das receitas em atividades que reputamos essenciais aos fins previstos na carta estatutária. Não tergiversamos na cobrança da efetividade da Constituição e das leis, inclusive junto ao Tribunal de Justiça. Almejamos não sermos responsabilizados pela omissão de postular o exercício da jurisdição com imparcialidade, com juízes livres para pensar e decidir, além de livres para ir e vir. Uma associação juízes interessa à sociedade somente quando discute os verdadeiros problemas que impedem o funcionamento da Justiça. As gerações futuras lembrarão de todos. Frederico II registrou no livro O Anti-Maquiavel (1740): “Ainda quando não houvesse justiça sobre a Terra, e divindade nos Céus, tanto mais preciso seria que os homens fossem virtuosos.”













Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui