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Humor-->De quem é o dinheiro? -- 10/03/2002 - 09:41 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Como eu ia dizendo, o mais engraçado de tudo isso é que lá em casa, o pau quebrou por causa de uma nota de dois reais. Apareceu um monte de gente dizendo-se dono da grana. Cada qual com seu argumento muito bem engendrado. Enquanto isso, lá no Maranhão, encontraram R$ 1,39 milhão, em notas de R$50 reais, se não me falha a memória, e ninguém sabe de quem é aquele dinheirão. Deve ser pra facilitar o troco! Troco? É brincadeira!

Uma das versões é que o dinheiro seria para pagar os empregados de uma construção. Qual? Aquela que nem tinha começado? Parece que sim! Mas espera um pouco, pagar os empregados em dinheiro vivo? E a previdência social, o FGTS, os impostos, como ficam? Sei lá. Eu não entendo certas coisas neste país. Voltando ao exemplo lá de casa: quando eu tenho R$ 200 reais no bolso, minha mulher no instante descobre a origem.

Primeiro pergunta que dinheiro é aquele. Eu digo que foi um extra que fiz no trabalho. Então ela pega meu contra-cheque e verifica que lá está os duzentos reais. Mas, desconfia, e vai ao banco, onde eu tenho conta, e pede um extrato. E lá está os duzentos reais. Ainda não satisfeita, pede um microfilme do depósito, e lá está o dinheiro depositado pela firma. Vai na firma e, no setor financeiro, verifica que os duzentos reais constaram da folha de pagamento na rubrica “extraordinário”. E pronto. Tudo resolvido.

Será que quanto mais dinheiro, menos controle é feito? Parece que sim. Mas dizem que não é ilegal ter dinheiro vivo em casa ou no escritório. Ilegal não é, mas que é muito esquisito, lá isso é. Ainda mais hoje em dia com tanta violência.

Mas em se tratando de um escritório, deveria ter um registro contábil da origem daquela importância. É verdade! Mas ninguém está preocupado com isso. O dinheiro é apenas um detalhe. Igual aos processos que correm na Justiça envolvendo empresas ligadas à candidata Roseana e ao seu marido. Mas isso parece que é secundário. Eles chamam de segredo de justiça. Para mim isto tem outro nome.

Você viu os jornais de hoje? Não! As notícias dão conta de que metade dos empresários que contribuíram com a campanha da Roseana em 1998, para o governo do Maranhão, está sendo investigada por desvio de dinheiro público. O que mais me impressiona é a facilidade com que essas coisas acontecem. Tantos órgãos de controle, tribunais de contas, secretarias de controle interno, regimentos, legislação, assinaturas, autorizações, carimbos, e, ainda assim, as coisas acontecem com uma facilidade enorme.

Um dia desses eu estava precisando de umas canetas pra realizar uma reunião lá no ministério onde trabalho, e fiquei sabendo que o setor financeiro não podia liberar o dinheiro. Tinha que ser feita uma licitação pública para adquirir o material. E o tal do suprimento de fundos? Pois é, para determinados materiais ele não se presta. É muito complicado conseguir dinheiro para uma compra de cem reais, por exemplo. É tanta assinatura e tanto carimbo que a gente acaba desistindo.

Isso é sinal de que as fraudes, as grandes fraudes, se dão na parte superior, na cúpula das organizações, pois o pequeno funcionário não tem acesso nem autoridade para liberar altas granas. É verdade. E as eleições? Cada vez estou menos animado. Agora chegou o momento da “lavagem de roupa suja”.Vai aparecer um monte de dossiês. Alguns falsos e outros verdadeiros. O pior é que a população nunca fica sabendo qual deles é o verdadeiro e qual é o falso. Eu acho que os partidos políticos não deveriam aceitar como candidato a candidato qualquer filiado que tivesse alguma pendência policial ou judicial tramitando contra ele. Também acho. Mas será que se assim fosse nós teríamos tantos candidatos? É verdade. Talvez diminuísse bastante.

Domingos Oliveira Medeiros
10 de março de 2002
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