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Humor-->ZÉ GOBILA -- 24/05/2011 - 13:14 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

Acostumado desde sua juventude a ter caso com jumentas, Zé Gobila não procurou a esposa na primeira noite, nem no segundo dia, nem na terceira aurora que acordaram juntos.

Queixosa, Ramerini confessou à mãe:

— Ainda não sou mulher!

Conhecedora da história do genro, a sogra tinha inveja do que ficou sabendo: “O Zé é bem dotado. É coisa para mais de metro...” Ele mesmo parodiava João Penca, cantando muitas vezes por dia: “Feche os olhos e sinta um metro e trinta de alguém que não vive sem você...”

Enquanto isso, a coitada de Dona Dasdô, mãe de Ramerini, se contentava com o pequeno polegar do marido que se inspirava em Chitãozinho e Xororó: “De que me adianta, ter um pau de anta, se quando eu preciso ele não levanta. Eu preferia ter meu pau de cutia, mas que levanta de noite e de dia...”

O caso dela, aliás, do marido de Dasdô, não tinha jeito. Viagra não faz crescer... Ela tinha muita esperança de um dia a ciência descobrir o crescentil, uma espécie de picacilina, um emplastro. Fosse o que fosse, ela esperava há muitos anos...

— O Zé não te procurou até agora. Você ainda é virgem? Dizem que ele gosta de...Pois tome um banho com urina de égua, deite na rede e espere ele chegar do serviço.  Mas tenha  cuidado. O povo diz que o “trem” dele é... É grande demais, minha filha. Dizem que o homem é um jegue.

Mesmo com a receita da mãe, Ramerini dormiu  naquele quarto dia de casada como se estivesse sozinha no quarto. Dormiu, simplesmente, dormiu... A segunda receita foi sonora.

— Pendure chocalhos no punho da rede e balance quando ele chegar...

Naquele dia, no final da tarde, Zé engoliu de uma só vez um copo cheio de Jurubeba Leão do Norte e se transformou numa fera. Chegou, entrou e sem fechar a porta já foi tirando as calças. Era uma coisa descomunal...

Ela se deitou  na rede e balançou. Os chocalhos soaram como se estivessem presos ao pescoço de uma jumenta ou de uma égua no cio.  Olhou desconfiada na direção da porta que permanecia aberta. Valei-me Santa Madalena, isso é uma vara de tirar mamão!

Naquele lengalenga, no vaivém da rede...

— Só não te dou um sapato porque você tem o pé redondo!...

— Que você disse, Zé?

— Falei nada não!

 

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