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Artigos-->OS ANIMAIS SÃO INTELIGENTES -- 06/01/2004 - 20:26 (ANTICRISTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

No passado prevalecia o conceito religioso de que os homens têm a tal alma, que os irracionais não têm. Só nós éramos capazes de pensar. Essas idéias levaram até pessoas inteligentes a dizerem muitas bobagens. Agora, já estão aparecendo provas científicas do que não é muito difícil percebermos nos animais, mas que os pensamentos religiosos deterpavam.



Renné Descartes, pessoa importante no meio filosófico chegou a dizer coisas absurdas devido a suas concepções religiosas. “Para ele, apenas os humanos haviam recebido de Deus o dom dos sentimentos e inteligência, enquanto os animais deveriam ser comparados a máquinas vivas. Segundo Descartes, quando um cão está ganindo, aparentemente de dor, na verdade não está sentindo nada: o ganido seria apenas a passagem de vento por estruturas vocais. ‘Hoje em dia ninguém sustentaria um absurdo desses’, afirma o etólogo brasileiro César Ades, professor do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo” (Os Caminhos da Terra, págs. 47 e 48).



No início da série “A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL”, editada em 11/11/2003, eu escrevi: “Pensar é um atributo animal. Raciocínio não é apanágio do homo sapiens. Ainda que de forma um tanto primitiva em relação a nós, os chamados irracionais raciocinam. Os quadrúpedes das selvas e dos campos não são desprovidos de compreensão e planejamento. São até muito hábeis. Apenas não têm uma comunicação aperfeiçoada como a nossa, o que lhes dificulta sobremodo transmitir conhecimento aos descendentes. Mas são capazes de compreender aprender, planejar e executar”.



Menos de dois meses depois, a revista “Caminhos da Terra” de janeiro de 2004 publicou a matéria na qual os cientistas reconhecem a inteligência dos animais. Até as análises químicas indicaram que “tanto um paramécio quanto o cérebro de um gênio como Einstain” processam as informações de forma parecida.



“Em suas pesquisas, Ades tem encontrado provas da presença de memória, capacidade de aprendizado, emoções e raciocínio em animais que vão desde pequenos insetos – passando por bicho de estimação, como gatos e cachorros – até chegar aos nossos parentes primatas.” (Idem, pág. 48).



“O pensamento nada mais é do que uma maneira de processsar informações de forma a se adaptar às situações e condições do meio ambiente. Todos os animais pensam, seja um verme, uma abelha, seja um humano fazendo cálculos matemáticos’, afirma o professor Marc Hauser, do Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e autor do recente Wild Minds (Mentes Selvagens, ainda sem tradução para o português), considerado um dos mais avançados estudos sobre o funcionamento da mente dos animais. ‘Os animais pensam de maneira semalhante a crianças que não aprenderam a usar a linguagem. Eles têm pensamentos muito interessantes, mas só conseguem expressá-los por meio de grunhidos, latidos e trinados’, explica Hauser” (Idem, 51).



“Essa é, de fato, a tese da dupla de pesquisadores Roger Penrose e Stuart Mameroff, que têm estudado a inteligência dos paramécios, pequenos seres unicelulares dotados de cílios que vivem em ambientes aquáticos. Penrose é um físico e matemático de renome, famoso por ter provado a existência dos buracos negros, enquanto Hameroff é um dos mais conceituados neurocientistas do mundo. Juntos, eles vêm provocando muita discussão pro afirmar que tanto um paramécio quanto o cérebro de um gênio como Einstein realizam basicamente as mesmas funções: um tipo de cálculo estranho e ainda pouco conhecido, que permite o aparecimento das emoções e da criatividade. Segundo essa tese, esse cálculo seria a barreira final que separa seres vivos e supercomputadores” (ibidem).



“Os mamífero mais bem estudados são os primatas, principalmetne os chimpanzés, pela boa razão de serem muito parecidos conosco. De fato, a análise do genoma (a informação genética) dos chimpanzés, por exemplo, mostrou que esses animais têm mais de 98% de identidade genética com os seres humanos. Ao mesmo tempo, os etólogos vêm acumulando indícios de que chimpanzés e bonobos (uma subespécie do chimpanzé, comum na Costa do Marfim, na África) possuem hábitos culturais que são ensinados de geração em geração de uma maneira muito semelhante à que as civilizações humanas primitivas sempre fozeram. ‘Os chimpanzés são capazes de representações da realidade bastante sofiscticadas. Eles conseguem elabora roteiros e estratégias complicadas com o objetivo de enganar competidores e obter vantagens. Sabe-se, inclusive, que são capazes de mentir, trair e dissimular exatamente como nós’, diz o neurocientista do comportamento Renato Sabbatini, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)” (Idem, págs. 54 e 57).



“Outros pesquisadores comprovaram que os cachorros têm uma espantosa capacidade de adivinhar as intenções humans corretamente. Segundo os etólogos, essa habilidade assenta-se sobre um tipo de juízo lógico conhecido como abdução. Gosso modo, esse juízo pode ser definido como a capacidade de formar uma hipótese sobre uma situação particular a partir de conceitos aprendidos com experiência anteriores. Ou seja: o que normalmente consideremos “instinto selvagem” é a expressão de um sofisticado método de racioncínio que permite aos cachorros adivinhar e antecipar fatos” (idem, pág. 52).



Todos esses estudos corroboram o que já tenho dito, que o que mais nos separou dos outros animais foi criação do complexo código da fala e depois a escrita. Se a fala aumentou muito a nossa vantagem na transmissão de experiência, a escrita foi um passo ainda maior. Sem ela, hoje ninguém ainda compreenderia que não somos seres divinamente criados extremamente superiores aos outros animais. Somos apenas mais evoluídos, e até perdemos algumas capacidades conservadas em outros animais. Estamos muito distante da supremacia que se imaginava no passado. Não somos os únicos inteligentes.



Vejam “A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL”.



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