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Humor-->ENTRE PICOS, VALES E MONTES -- 13/03/2011 - 21:21 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

       Picos  nasceu às margens do rio Guaribas, na antiga fazenda Retiro do

Curralinho,de propriedade da família Borges Leal. O nome vem da situação

 geográfica por ser a cidade ladeada  de  montes  picosos. A  região  atraia

criadores das províncias de Pernambuco e Bahia, interessados nas várzeas

propícias ao surgimento de pastagens nativas, favoráveis à criação de gado...

 

      Ainda no século XVIII, os primeiros moradores fixaram residências entre 

as margens do Guaribas e o morro da Romana. Mais tarde, por  volta do ano

de 1855, a aglomeração  foi elevada à categoria de vila e em 12 de outubro de

1890,  desmembrou-se  de Oeiras,  antiga capital  do Piauí. Passando  pela BR

316  é  possível   ver  em  Picos, a  pouco  mais  de  cinco  quilômetros  da  sede

municipal  a  beleza  de  duas admiráveis   regiões  denominadas  Buraco  Sadio

 e  Saco  Grande.

 

      Naquele ano de 1957, aconteceu que um rapaz do Saco Grande casou-se

com uma moça do Buraco Sadio. O  casamento  se  deu  no  mês  de  agosto,

durante a celebração dos festejos da padroeira Nossa Senhora dos Remédios.

      Tudo transcorria normalmente, não fosse a dificuldade do padre estrangeiro

em reconhecer a diferença entre uma palavra masculina e uma feminina.

 

      Aparentando nervosismo, tropeçando nas palavras e no gênero,  o missionário

conclamava a multidão: “Povo de Picas, cabeça dura! Mulher na frente, homem de

 Picas atrás. Mulher  de  Picas  acende  o fogo no cacete do marido.”

 

      Aquela tarde que já se fazia noite era destinada à queima dos pecados... Zé não

 via  a hora de  voltar  para  o distrito  e  “bobinar”  na moça do  Buraco Sadio que se

tornara sua esposa. Mas Mariquinha queria esperar pelo sermão do padre...

 

      Cada fiel acendeu uma acha e todos caminharam em procissão pelas ruas, até

 o largo  da  catedral. Ali depositaram as tochas, formando uma grande fogueira.

 

      A hora avançou.  Zé  e  Mariquinha  tiverem  que  dormir  na  cidade  em  casa

de parentes.

 

— Bole hoje não, Zé! Não vê que “tamo” nas casa alheia...

 

FONTES:

Genealogia e Memória. Sousa Neomísia

 Pesquisa com pessoas anônimas 

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