Não faço a defesa do Saul
Porque não precisa disso
Tranqüilo num mar azul
O Almiron com verso atiço
É do Rio Grande do Sul
E não foge de um reboliço
Foi imprópria verborragia
De um animal chamado anta
Tresloucada disenteria
De inveja ou por ser “sssanta”
Solta franga na academia
Queimando gorduras das ancas
Quem se dá pleno direito
De anta chamar um colega
Perde amigo e o respeito
E acaba levando uma esfrega
Não adianta estufar o peito
Pois se ficar o bicho pega
Bicho não falta na esquina
Certamente uma gorda anta
Fala muito até faz rimas
Com toda força da garganta
Pose de quem tá por cima
Sendo apenas um sacripanta.
Como anta, faz “antices”
E brada aos quatro cantos
Apenas reproduz mesmice
Um verdadeiro desencanto
Mistura tolices com tolices
E encorpa pai-de-santo
Fala mal da verdade
Como se fosse mentira
Uma grande barbaridade
Aquela tamanha ira
Perdeu-se na qualidade
Se foi na alça de mira
Morreu a anta solitária
Pois foi um tiro bem dado
Virou cliente de funerária
Um verdugo alquebrado
De madeira indumentária
Para um JK confinado