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Cronicas-->IMPOSSIBILIDADES VERSUS LIBERDADE -- 24/07/2001 - 18:09 (Willians Moreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se a todos fosse dada a oportunidade de voltar no tempo, com a possibilidade de interferir no seu destino, provavelmente a maioria aceitaria a oportunidade. Quantos, voltando ao passado para retomarem a caminhada, não mais casariam com a mesma pessoa... não morariam em certos lugares... não mais escolheriam a mesma profissão... não mais iriam a certos lugares... não tomariam certas decisões que até hoje refletem seus resultados indesejáveis...? É verdade que algumas realidades podem ser revertidas... mas, e o tempo que se perdeu? Esse é irrecuperável!!!
Em alguns mais; em outros menos... o fato é que nos machucam profundamente algumas reminiscências quando não as podemos resgatar...
Todos nós temos algo que gostaríamos que fosse mudado em nossa vida; disso nós não podemos escapar!
Acontece um transtorno em nossas emoções quando deixamos que frustrações se acumulem em nossas lembranças. Remoer, murmurar sobre alguma coisa é como uma coceira... quanto mais se coça mais se deseja coçar! E quando menos esperamos, a ferida está feita...
A vida não é como certos jogos que podemos sempre reiniciar... Para muitos é como um jogo de uma partida só... Perdeu... perdeu! Ganhou... ganhou! Alguns, na verdade, se vêm assim: como perdedores ou ganhadores. Algumas jogadas até que podem ser revistas e refeitas; no entanto, a partida é uma só...
Pensando porém pelo prisma de que algumas jogadas podem ser revistas e refeitas, acredito ser possível tomar-se novas medidas que, sem dúvida, mudarão o rumo do jogo... É preciso muita vontade e coragem para que revisões e mudanças sejam feitas. Há humanos que se lançam nestas investidas... Há aqueles que desfazem casamentos e "aventuram-se" novamente; há aqueles que mudam de profissão; há aqueles que mudam de fé; há os que mudam de emprego. Há sempre alguém disposto a fazer algo por si quando descobre um sentido mais amplo do que seja liberdade...
Pessoalmente, entendo que muito do que somos se processa dentro da consciência do que seja liberdade. É uma questão de conceito... Alguns se sentem livres para começar tudo de novo, mesmo que para isto tenham que arcar com consequências às vezes cruéis. Outros não são tão corajosos...
Muitos, em virtude de certa consciência ética, conformam-se em suportar, às vezes, amarguras, visando não prejudicar a outros... permanecendo escravos de circunstàncias extremamente doentias... conseguindo, sabe-se lá como, adquirir certa tolerància (uma questão de personalidade também).
No entanto, como todo conceito é passível de desenvolvimento ou abandono, e levando-se em consideração que a vida nos prega peças que podem mudar-nos da noite para o dia, é possível que encontremos quem aja do modo como nunca esperaríamos...
O enfoque está na articulação que fazemos da liberdade e que nível de liberdade nós nos permitimos.
Entra aqui uma reflexão superlativamente revolucionária.
Qual a consciência que temos do que seja liberdade e qual é o nível de nossa liberdade em face desta consciência?
Desde que nascemos são-nos impostos limites com os quais haveremos de conviver por muito tempo, se não pela vida toda. A família, a escola, a igreja, o Estado, os amigos, etc., transmitem-nos paràmetros que incorporamos em nossa visão de mundo e de relacionamento humano. Generalizadamente, passamos pela vida acompanhados por toda uma herança cultural que nos condiciona a certas ações e reações. Fugindo da generalização, há muitos que conseguem reavaliar a herança cultural, construindo novos rumos para a sua vida. Aqui se encontra a diferença entre muitos: Os que aprendem a viver por si e os que não conseguem libertar-se de certas amarras culturais.
A luta começa quando nos defrontamos com situações em que surge a necessidade de refletirmos a diferença. Uns conseguem superar-se; outros continuam acomodados...
Uma contingência humana que interfere poderosamente em nossas decisões é o medo. O medo tolhe, no mais das vezes, a busca da liberdade, levando-nos a ter medo do que os outros irão pensar... do que nossas ações poderão causar aos outros, principalmente aos que amamos... Temos medo de perder algo ou alguém que julgamos extremamente significante. Temos, às vezes, medo de um futuro incerto. Justificamos as nossas recalcitrações citando o ditado: "Mas vale um pássaro na mão do que dois voando..." E continuamos a vidinha sófrega suportando amarguras.
Há, sem dúvida, realidades às quais não podemos aplicar mudanças... No entanto, no mais das vezes, podemos recomeçar, apesar do tempo perdido. A questão é: Assumimos ou não a liberdade de recomeçar.
Impossibilidades podem ser apenas uma questão de visão... O nível de consciência de nossa liberdade poderá fazer a diferença consideravelmente...
Willians Moreira
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