Usina de Letras
Usina de Letras
244 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->A Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 -- 30/03/2012 - 12:04 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Prezados amigos de Usina de Letras,

A partir de hoje estou de férias, principalmente de computador.

Então, até 2 de maio!

Para os novos leitores de Usina de Letras, recomendo acessar os links abaixo, para ler os textos escritos por mim.

Um abração,

Félix Maier

 

Textos de Félix Maier publicados na Internet:

http://www.midiasemmascara.org/colunistas/10217-felix-maier.html

http://www.webartigos.com/autores/fmaier/

http://artigos.netsaber.com.br/artigos_de_felix_maier

www.felixmaier.blogspot.com/ (Piracema – Nadando contra a corrente)

http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.php?user=FSFVIGHM (Postagem de textos diversos, inclusive de minha autoria)

 

Confira, abaixo, os textos postados em Usina de Letras, que foram os mais acessados no mês de março 2012 (até 30/03/2012, por volta das 12:00 h). Obrigado a todos!

 

Félix Maier
143319

Edmar Guedes Corrêa****

75068

Benedito Pereira da Costa

45346

wladimir olivier

25040

João Ferreira

23081

getulio silva

20874

Mário Ribeiro Martins

20854

Céu Arder

20792

Elpídio de Toledo.

19098

LUIZ ROBERTO TURATTI

16086

 

Da série “Vale a Pena Ler de Novo”
Excelente texto de 2008
 
 

A Revolução Democrática de 31 de Março de 1964

Gen Div (Res) Ulisses Lisboa Perazzo Lannes

INTRODUÇÃO

Episódio decisivo de nosso passado recente, a Revolução Democrática de 31 de Março há 43

anos recebe, do Clube Militar, singela e justa homenagem.

Em nossos dias, diante da avassaladora campanha há décadas conduzida pelos derrotados de

1964, “Comemorar a Revolução” adquire ainda maior significância, especialmente porque as gerações

mais novas, expostas aos ventos da revolução cultural gramcista, foram ensinadas a ver, no 31 de

Março, a data do “golpe que implantou no país os anos de chumbo de sanguinária ditadura militar.”

“Comemorar a Revolução” representa, portanto, preciosa oportunidade para refutar falsificações,

exageros e mentiras; e, sobretudo, para recordar, compreender, avaliar, exaltar e escutar os

acontecimentos, os feitos e os ensinamentos daquela momentosa quadra da História pátria.

31 DE MARÇO: TEMPO DE RECORDAR E DE COMPREENDER

Antecedentes. Nos primeiros anos da década de 1960 o Brasil passou a viver período de crescente

instabilidade política, militar e institucional. Após o governo Juscelino Kubitschek, as eleições

presidenciais de 1960 haviam consagrado o nome do Sr. Jânio Quadros. Vestido, ao longo da

campanha, com a capa da moralização das práticas políticas e do combate à corrupção, desde logo o

novo presidente revelou seu temperamento instável e autoritário e passou a assumir atitudes que

pouca dúvida deixavam quanto a suas reais intenções de investir-se de poderes discricionários. Cerca

de seis meses após assumir o governo, simulou renunciar à presidência, alegando não poder

enfrentar as “forças ocultas” que o impediam de cumprir os compromissos assumidos com o povo

brasileiro.

Sabedor das sérias objeções e restrições que se faziam ao vice-presidente — o João Goulart (o

“Jango”) — contava Jânio que a simulada renúncia não seria aceita e que o clamor público o faria

retornar ao Palácio do Planalto com plenos poderes, livre e desimpedido das amarras constitucionais.

O estratagema não funcionou! O Congresso aceitou a renúncia e preparou-se para empossar o

vice-presidente, então em viagem pela China Comunista. Visto pela oposição e pelas Forças Armadas

como herdeiro da política varguista e simpático ao comunismo, a posse de Goulart enfrentou sérias

resistências, dividiu o Exército e colocou o país à beira da guerra civil. Diante do impasse, adotou-se o

parlamentarismo, e Goulart, finalmente, assumiu a presidência em 7 Set 1961, como chefe de estado,

mas não de governo.

De duração efêmera, o regime parlamentarista foi rejeitado pela esmagadora maioria da

população, em plebiscito realizado em janeiro de 1963.

O caos programado. Investido dos plenos poderes presidenciais, João Goulart rapidamente passou a

conduzir ações no sentido de implementar projeto golpista que desaguaria em um regime totalitário de

esquerda. Insuflado e orientado por seu cunhado, Leonel Brizola, pregava a necessidade de “reformas

de base” e a implantação de uma “república sindicalista”. Controlando o aparelho sindical, o governo

promovia o grevismo, a anarquia e o caos, e o país passou a viver dias de intranqüilidade, estagnação

econômica e inflação descontrolada. Enfrentar e debelar tão graves problemas, afirmavam Jango e

seus aliados, impunha a necessidade urgente de “reformas de base”, “com ou sem o Congresso, na

lei ou na marra!” A mensagem não poderia ser mais clara!

Os comunistas. Aliado ao esquema governista, porém com seus próprios objetivos, identificava-se

ainda um projeto revolucionário marxista-leninista, conduzido pelo Partido Comunista Brasileiro e seu

líder, Luiz Carlos Prestes. A manobra revolucionária buscava uma “frente única” e a concretização de

uma “Revolução Democrática Burguesa”, ao aliar-se à insurreição “burguesa” de Goulart e Brizola. Ao

adotar esse processo, o PCB revelava fiel e rígida observância às diretrizes de Moscou, que

recomendavam o “assalto ao poder pela via pacífica”, em contraposição a linhas de ação mais

açodadas e radicais (foquistas, trotskistas e maoístas), defensoras da luta armada.

As Forças Armadas.

Curiosamente, ambas as correntes — a janguista-brizolista e a comunista —

viam na adesão e participação das Forças Armadas e, em especial do Exército, condição

imprescindível para a conquista de seus objetivos.

Para isso, fazia-se mister neutralizar, enfraquecer e solapar as lideranças contrárias aos seus

desígnios e montar um “dispositivo militar” confiável, capaz de permitir e apoiar a ensandecida marcha

no rumo do totalitarismo. Os chefes militares foram classificados em dois grandes grupos: havia os

“generais do povo” e os “entreguistas”; as divisões internas foram fomentadas; e criou-se artificial e

perigosa cisão entre oficiais e graduados. Os sagrados princípios da hierarquia e da disciplina

passaram a sofrer permanente ataque.

Em janeiro de 1964, em viagem a Moscou, Prestes deixou claro o papel e a importância dos

militares brasileiros no processo revolucionário vermelho:

... Oficiais nacionalistas e comunistas assegurarão, pela força, um governo nacionalista e

antiimperialista... As reformas de base acelerarão a conquista dos objetivos revolucionários

... O grande trunfo será o dispositivo militar.

A Escalada e os Cenários Prováveis.

Em março de 1964, a desordem e a intranqüilidade atingiram

novos patamares. Sucediam-se as greves, e aumentavam as arruaças e ameaças de intervenção de

grupos armados ligados a Brizola. A população sofria com o desabastecimento, os freqüentes e

inopinados cortes de energia elétrica e a quase diária paralisação do transporte público.

Arregimentada pela grande imprensa, pela Igreja católica e por líderes políticos, a opinião

pública começara a protestar e a participar, maciçamente, de manifestações contra aquele estado de

coisas. Em tão conturbado ambiente, três eram os cenários mais prováveis para a evolução do quadro

nacional: a implantação de um regime ditatorial de esquerda; o agravamento do anarquismo sindical; e

a eclosão de uma guerra civil com conotações ideológicas. Claramente, a sucessão democrática

normal, prevista para ocorrer no ano seguinte (1965) tornava-se a cada dia mais distante e implausível.

Confiantes nas “forças populares” e no apoio do “dispositivo militar”, Jango, Brizola e Prestes

buscaram escalar a crise, na certeza de alcançar, em curto prazo, desfecho favorável a seus

propósitos.

Três episódios caracterizariam essa decisão: o comício realizado em frente ao prédio da Central do

Brasil, em 13 de março, marcado pela agressividade e radicalização das posições; o motim de

marinheiros e fuzileiros navais, em 25 de março; e o discurso pronunciado por João Goulart no Clube

dos Subtenentes e Sargentos do Exército, em 30 de março.

O desfecho: um golpe? Dos três acontecimentos, os dois últimos influenciariam decisivamente a

evolução dos acontecimentos, ainda que de maneira diametralmente oposta à imaginada por Goulart e

seus companheiros de viagem. A incitação ao motim; o estímulo à quebra da hierarquia e da disciplina;

a virulência de Jango; e a clara intenção de aprofundar a anarquia e a desordem despertaram nas

forças vivas da nação a necessidade de pronta e enérgica reação, ainda que à custa da quebra da

ordem constitucional. A destemida e intrépida decisão dos Generais Mourão e Guedes de iniciar, em

Minas Gerais, com absoluta inferioridade de meios, o deslocamento em direção ao Rio de Janeiro e a

Brasília, aglutinou e catalisou a resposta da sociedade brasileira aos desmandos e à subversão. A

rapidez com que o movimento se fez vitorioso, sem encontrar a menor resistência de nenhum setor da

sociedade, constitui a melhor prova do repúdio popular ao esquema golpista engendrado por Goulart e

seus aliados.

A momentânea quebra da ordem institucional, respaldada e legitimada pelo Congresso e pelo

imenso apoio popular, salvou a democracia, ameaçada pela intimidação do parlamento, pela pressão

das massas sindicalizadas e pela anarquia das Forças Armadas. Desse modo, o 31 de Março de 1964

... é, primordialmente, um fato político e não uma quartelada, como insinuam seus adversários e

detratores...*

Não pode, pois, ser rotulado como golpe militar, como, aliás, atestou o jornalista Roberto Marinho,

em editorial do jornal O Globo de 7 de outubro de 1984:

Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de

preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica,

greves, desordem social e corrupção generalizada... Sem o povo, não haveria revolução,

mas apenas um “pronunciamento” ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários.

* Gen José S. Fábrega Loureiro e Cel Pedro Schirmer, em “A Revolução de 1964” - Correio Brasiliense, 29 Mar 04.

31 DE MARÇO: TEMPO DE AVALIAR

Uma ditadura? Desencadeada para impedir a implantação do totalitarismo de esquerda, a Revolução

demoraria muito mais do que o inicialmente previsto e desejado por seus líderes para devolver o poder

a um civil eleito democraticamente.

A causa principal do alongamento do regime reside, sem dúvida, na necessidade de enfrentar a

subversão e a luta armada, intensificadas a partir de 1968 por organizações comuno-terroristas. Pela

mesma razão, viu-se obrigado a lançar mão, em momentos extremos, de recursos amargos para

impedir o país de mergulhar em prolongada guerrilha urbana e rural, deflagrada com o claro objetivo de

implantar no país a “ditadura do proletariado”. Não obstante o necessário e eventual uso de medidas de

força, a Revolução sempre teve como meta o restabelecimento pleno da democracia. Aliás, é bom

lembrar que seu último presidente, o General Figueiredo, governou durante seis anos sem nenhum dos

poderes discricionários outorgados por atos revolucionários.

Não parece justo, portanto, acoimar de ditatorial um regime que exigiu o rodízio de lideranças, não

praticou o culto da personalidade, não adotou o modelo do partido único, manteve os instrumentos de

legalidade formais e, por fim, auto limitou-se. Mais uma vez, a palavra do jornalista Roberto Marinho

ilustra e esclarece:

“Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, um regime de

força, consolidado há mais de vinte anos, que tenha utilizado seu próprio arbítrio para se

auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos

quadros partidários, em plena liberdade de imprensa. É esse, indubitavelmente, o maior

feito da revolução de 1964.” (Julgamento da Revolução - O Globo - 7 de outubro de 1984)

Os êxitos. Ao restabelecer o clima de ordem e paz e o princípio da autoridade, o período revolucionário

propiciou profundas, benéficas e duradouras transformações. Nunca antes, na história deste país (e

nem depois), viveu-se tempo de tão acelerado progresso e concretas realizações. O quadro abaixo

permite esclarecedora comparação:

Período 1964/84 1985/89 1990/94 1995/02 2003/07

Média/Ano 6,29 4,39 1,24 2,31 3,78

Taxa Média/Ano de Crescimento Econômico Real Expresso em % do PIB - Fonte: IBGE

Apresentando taxas de crescimento não mais atingidas, o Brasil passou do 49º para o 8º lugar,

entre as economias do mundo. Dentre outros feitos, a infra-estrutura do país foi modernizada e

ampliada; todas as capitais estaduais passaram a ser interligadas fisicamente, por estradas de muito

boa qualidade; incorporou-se efetivamente a Amazônia ao patrimônio nacional; desenvolveram-se as

indústrias naval e aeronáutica; criaram-se a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrária e a Empresa

Brasileira de Telecomunicações; multiplicou-se por 9 a potência elétrica instalada, por 6 as reservas de

petróleo e por 15 as receitas com exportações; e as fronteiras econômicas expandiram-se, com a

adoção do Mar de 200 Milhas.

Iguais êxitos foram alcançados na área social, por intermédio de medidas como, por exemplo, a

incorporação à Previdência Social de 20 milhões de trabalhadores rurais; a promulgação do Estatuto

da Terra; a criação de órgãos e instrumentos de ação social como o FGTS e o PIS/PASEP; e a

instituição do MOBRAL e do Projeto Rondon.

Diante de tão expressivas e incontestáveis realizações, não é exagero afirmar-se que a

Revolução modernizou o Brasil e plantou as bases físicas que, ainda hoje, alicerçam a caminhada do

país no rumo do pleno desenvolvimento, como sociedade livre e democrática.

Certamente, equívocos foram cometidos. O balanço, todavia, é inquestionavelmente positivo, e a

análise isenta do período, “descompromissada com o emocionalismo próprio dos perdedores”,

certamente revela resultados extremamente favoráveis, muito diferentes da “versão construída pelas

esquerdas, com bases em referências ideológicas inconsistentes e ultrapassadas”.

31 DE MARÇO: TEMPO DE EXALTAR

Comemorar a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 é também exaltar!

Exaltar e homenagear as lideranças civis e militares que há quarenta e quatro anos

demonstraram a visão, o arrojo e o destemor para arrostar os perigos da hora presente e arrastar a

nação pelos caminhos que haveriam de possibilitar a preservação da democracia e a preservá-la do

comunismo.

Exaltar e homenagear os chefes militares que exerceram a presidência da república com os

olhos postos, somente, na grandeza e nos interesses da pátria. Que pautaram suas atitudes pelo

comedimento e pelo decoro; que levaram uma vida austera, sem jactâncias ou demonstrações de

arrogância; que não se entregaram a conchavos, buscando reeleger-se ou perpetuar-se no cargo; que

não permitiram o culto a suas personalidades; que não vacilaram em adotar medidas duras e

impopulares, em vez de ceder às práticas do assistencialismo e do populismo voltados para a

manutenção de vantagens eleitorais; que selecionaram equipes administrativas com base no mérito, e

não para atender interesses subalternos; que se portaram com altivez e independência, sem se

preocupar em agradar grupelhos e corriolas ideológicas; que procuraram servir, e não servir-se do

cargo para enriquecer ou enriquecer seus familiares; e que, ao término dos mandatos, saíram de cena

com a serenidade própria de quem soube cumprir a missão.

Exaltar e homenagear, principalmente, os incontáveis brasileiros, militares e civis, heróis anônimos

que travaram e venceram o “Combate nas Trevas” contra a luta armada desencadeada em nossas

cidades e no campo por ensandecidos brasileiros cooptados por facções do comunismo internacional.

A expressiva frase cunhada pelo General Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, antigo Ministro do

Exército, hoje gravada nas paredes de várias de nossas organizações militares, sintetiza a exaltação e

a homenagem devidas a esses compatriotas:

“Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora de agressão e da adversidade,

cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a

Nação não fosse levada à anarquia”

Sim, estaremos sempre solidários, enquanto proclamarmos, com a força e o vigor possíveis, a

“Grande Mentira” contida na afirmação de que a luta armada originou-se da opressão exercida pelos

governos revolucionários, sobretudo a partir da edição do Ato Institucional Nr 5. Pois, como revela o

corajoso e franco depoimento de ex-integrante de um grupo guerrilheiro (sublinhados acrescentados),

Não compartilho a lenda de que no fim de 1960 e no início de 1970 nós (inclusive eu) fomos

o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a

campanha da anistia.. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto

das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e

ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento

dessas organizações em que elas se apresentem como instrumento da resistência

democrática.*

* Depoimento prestado por Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8, atualmente Professor de História Contemporânea na Federal Fluminense, em entrevista a O Globo

 

Estaremos sempre solidários, enquanto lembrarmos que o sacrifício supremo feito por tantos

brasileiros tombados na defesa da democracia e da legalidade não recebe ou recebeu as vultosas e

obscenas indenizações pagas com dinheiro público aos que roubaram, assaltaram, seqüestram e

mataram.

Estaremos sempre solidários enquanto repudiarmos as tentativas de opor o “Exército de hoje,

democrático e profissional”, ao “Exército de ontem, golpista e torturador”.

Estaremos sempre solidários, enquanto não permanecermos em acovardado silêncio diante da

farsa de meliantes que, em vez de se envergonharem de seus crimes ganham redobrada ousadia e

organizam-se para difamar e até levar às barras dos tribunais honrados militares que cumpriram o

duro dever de combatê-los.

Estaremos sempre solidários, enquanto compreendermos que a democracia impõe a

convivência harmoniosa e respeitável entre contrários, mas não exige a bajulação, a subserviência, as

homenagens e as condecorações a antigos agitadores e terroristas que, de armas na mão,

procuraram levar a Nação à anarquia e ao comunismo.

31 DE MARÇO: TEMPO DE ALERTAR

Comemorar o 31 de Março, finalmente, convida-nos a ouvir vozes de alerta!

Alerta, porque (para usar as palavras de respeitado Chefe militar) “No momento em que carece o

país de exemplos de lealdade, de prática da verdade, de honestidade, de probidade e de seriedade; no

momento em que ventos antidemocráticos sopram na América do Sul; no momento em que se

 

reescreve e distorce a História, com vil visão marxista”, é preciso relembrar e meditar sobre os ideais

de 1964.

Alerta, porque, apesar de todas as demonstrações de tolerância, respeito à ordem democrática e

perdão aos criminosos de ontem, as Forças Armadas continuam marginalizadas e tratadas com

descaso e mal disfarçada hostilidade. Alijadas das esferas decisórias da República, em nome da

concórdia tudo têm aceito, até o inaceitável, como o pagamento de régias recompensas a traidores e

desertores que se levantaram para implantar, em nosso país, ditadura de modelo castrista, maoísta e

soviética.

Alerta, porque, na revolução cultural gramcista, “Heróis não são mais os que morreram pela

liberdade, mas os que mataram pela escravidão, e as homenagens não são mais para os homens da

lei, mas para os homens sem lei”.

Alerta, porque enquanto o banditismo alimentado pelo tráfico de drogas aterroriza cidades, ceifa

vidas e enluta milhares de famílias; o país integra foro de países que trata como aliada organização

narco - guerrilheira de país vizinho, com claras e evidentes ramificações em nosso território.

Alerta, porque, tolerados e apoiados pelo Estado e pelo estrangeiro, grupos revolucionários

atuam livremente em todo o país e com invulgar capacidade de mobilização, invadem terras

produtivas, destroem propriedades, incendeiam instalações e depredam preciosos laboratórios, na

certeza de que estão acima e além da lei.

Alerta, porque a pretexto de defender etnias indígenas, organizações não-governamentais e

entidades com sede no estrangeiro controlam, na prática, ponderáveis porções do território nacional; e,

recentemente, conseguiram, até mesmo, proibir um oficial-general do Exército de acompanhar, em área sob sua jurisdição, visita de autoridade ministerial.

Alerta, porque a sociedade, anestesiada por décadas de intoxicante doutrinação, assiste,

impassível, a omissão e a cumplicidade criarem, no país, clima de desapreço à verdade e à ética, de

desrespeito à justiça, de desmoralização de instituições, de negociatas e escândalos.

Que “o Brasil de todos” (de todos os brasileiros de bem), o Brasil verde e amarelo azul e branco,

o Brasil que soube dizer “Não!” à cor vermelha em 1964, ao ouvir essas vozes de alerta, possa

responder como as sentinelas das velhas fortalezas portuguesas, que em suas rondas rompiam o

silêncio da noite com o brado: “Alerta estou!”.

CONCLUSÃO

Como qualquer data histórica, comemorar a Revolução de 31 de Março de 1964 requer serena

reflexão, para que possamos efetivamente entendê-la, avaliá-la, exaltá-la e dela retirar ensinamentos.

Não se esgota, porém, nesses verbos, a tradicional comemoração promovida pelo Clube Militar.

Porque, ao comemorá-la e proclamar seus feitos e ideais, o que fazemos é buscar a fé e a

inspiração para continuar a lutar pela preservação das liberdades democráticas da Nação e a trabalhar

pela construção de uma Pátria justa... e pelo bem do Brasil!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui