Quando da escolha de Barack Obama para candidato à Presidencia dos Estados Unidos eu fiquei bastante frustada pois apostava no nome de Hillary e, até hoje, acho que houve algo nos bastidores que não foi revelado. Eu que me sinto teimosa, dizendo: era ela!
Pois agora, em uma manifestação nos Estados Unidos, um grande número de mulheres americanas chamam por ela, dada as manifestações desastrosas da maioria republicana. Hillary, como boa guerreira, não se omitiu e falou à alguma centena delas, dizendo:
"Continuo sem compreender porque os extremistas sempre se voltam contra as mulheres. Mas todos eles parecem fazer o mesmo. Não importa o País em que estejam nem a religião que afirmem seguir; seu objetivo é controlar as mulheres. Querem controlar nossa maneira de vestir. Querem controlar nosso comportamento. Querem até controlar as
decisões que tomamos em relação à nossa saúde e ao nosso corpo."
O jornalista Maureen Down, do New York Times, que escreveu "Não mexam com as mulheres", afirma na reportagem que ela lutou pelo direito das mulheres em todo o mundo, mas nunca imaginou que teria que lutar em seu País. No sub-título ele escreveu que “elas precisam de alguém que as defendam das ameaças republicanas e Hillary é melhor que ninguém. E pergunta: "será que ela é inevitavel”?
Tem se especulado muito – afirma – a respeito da ascenção de
Hillary. Patrick Caddell e Douglas Schoen sugeriram no Walt Street Journal que Obama deveria assumir uma posição moralmente elevada e deixar que Hillary concorra à Presidência.
Eu tinha razão?
(A íntegra do texto de Maureen Dowd está no jornal Estado de São Paulo, página A22, edição de 17 de março de 2012).