Dias de Solidão
Ah! Esse inevitável sentimento do nada...
A vida num compasso de espera, irritante!
O que não se pode escolher....
O que não se pode controlar...
O que não se pode mudar....
O desejo, os sonhos, tudo parece agora tão distante envolto na névoa fria da despedida....
As falas inacabadas...
O beijo a ser dado...
O amor a ser feito...
A vida a ser compartilhada....
E a falta?
As gavetas nuas
A voz que ainda ressoa pelos cantos da casa...
A gargalhada, o olhar de carinho, o gemido, o sussurro...
Certezas?
Da dor.
Do vazio.
De perguntas sem respostas...
Dias de solidão!
O escoar lento, morno de cada segundo, minuto, horas, dias meses... Onde está a presença sempre tão esperada? A docilidade, a paixão, o calor, enfim a vida.
B.Y.
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