Emiliano Galdez ( um dos meus personagens favoritos em “Cavalo de Tróia” da Usina de Letras) envolveu-se em idílios com a mulher do Chinês do restaurante. Este quando descobriu encheu-lhe de recados violentos:
“Não perdes por esperar. A vingança do Chino será maligna”
Ele, que sempre foi avesso a violência e as armas, passou a andar armado. Só saia de casa após ser informado que o Chinês já estava no restaurante.
Como morava no décimo andar do edifício ele tomava o cuidado de nunca embarcar no térreo.chamava o elevador e escondido atrás de qualquer objeto, observava o elevador para ver se o Chino,não estava lá. A noite perdia o sono imaginando ou tentando imaginar qual seria a vingança do Chino. O medo terminou por “desativa-lo sexualmente”. A sua cama era embaixo da janela. Dali, ajoelhado sobre ela ele observava o casal indo para o restaurante, já sem o mínimo tesão por ela. Alguns diziam que se ela lhe aparecesse pelada a sua ferramenta permaneceria que nem gato de armazém. Dormindo sobre o saco de batatas.
Vencido pelo cansaço e, pelas noites mal dormidas, na1quela noite ele conseguiu conciliar o sono, mas acordou-se em meio de um terrível pesadelo. Sonhara que o chinês apertava-lhe o peito. Ao acordar deparou-se com um tijolão daqueles do século retrasado e, um bilhete colado nele
“Esta é a vingança do Chino”
Há há há há
Riu ele, frente a bobagem da vingança e jogou o tijolo.gritando concomitante:
“AAAAUUUU . . ..Auuuu.Auuu”
Imaginem que o tijolo estava amarrado a um longo fio de nylon e, pior, onde estava amarrada a outra extremidade dessa linha. No seu saco