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Poesias-->A proposta da descrença à amizade -- 12/01/2002 - 16:30 (Francisco Libânio) |
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A proposta da descrença à amizade
Um dia a Descrença disse a Amizade
- Vamos fazer uma sociedade,
Tu, eu e a Falsidade?
A Falsidade arruma os clientes
Tu dizes o bem e os faz contentes
E eu torno a todos descontentes
A Amizade perguntou a tal
"Como?". E ela num modo igual
- Vamos fazer o virtual fingir real!
Dois que nunca se viram se conhecem
Se iludem, acreditam e então tecem
Planos, não os cumprem e entristecem
Para isso teremos a tecnologia
Para esta será de serventia
Computador, modem e telefonia
A Amizade muito e muito pensou
À Descrença algum tempo fitou
E veemente a sociedade recusou
- Tola! É o negócio do futuro!
Dois que se gostam separados por um muro
Ou fazer amar olhando para o escuro!
- A sua idéia é mui mesquinha
Tamanho mal nunca se adivinha
Além disso, esta idéia já é minha
E para o bem ela deu certo
Pois sem ela não teria descoberto
Que dá para estar longe e ficar perto
Tenho muitos exemplos de sucesso
De amizades, amores e apreço
Pois ao querer bem distância eu não meço
Ouvindo isso, a Descrença foi embora
Numa raiva feia e assustadora
Jurando a volta triunfal e vingadora
Enquanto a Amizade unia
Pessoas como bem queria
E assim se prometeu um dia
Pois amizade verdadeira
Quando assim é para a vida inteira
A Amizade rompe toda fronteira
Francisco Libânio
08/01/02
12: 55 AM |
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