Secretário de Turismo é assaltado duas vezes
Michel Alecrim
Num mesmo dia, o secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, viveu dois episódios de violência. Na manhã de anteontem, ele foi vítima de uma tentativa de assalto a seu carro na Lagoa e depois, na hora do almoço, seu relógio foi levado num sinal de trânsito, no Centro, conforme informou ontem o colunista do GLOBO Ancelmo Gois. Os dois bandidos que ameaçaram o secretário estavam armados de revólver.
Segundo um assessor do secretário, por volta das 8h, Guinle guiava seu Audi na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa, quando parou num sinal próximo ao edifício da UniverCidade. No local, um homem que vinha numa bicicleta apontou uma arma para o secretário e ordenou que ele abrisse o vidro do carro. Guinle arrancou com o Audi e conseguiu fugir do assaltante.
O secretário, que estava sozinho no carro, ia pegar o subsecretário Fernando Alzuguir em casa, para irem juntos a um evento. Apesar do susto, Guinle participou normalmente da atividade.
Um dos assaltantes parecia ser menor de idade
Mais tarde, na hora do almoço, quando o secretário estava indo para a sede da Riotur, no Centro, foi novamente ameaçado por um assaltante, mas desta vez o bandido teve mais sorte. Também armado com um revólver, o ladrão, que aparentava ser menor de idade, aproveitou o momento em que o Audi estava parado num sinal da Avenida Presidente Antônio Carlos para roubá-lo.
O garoto apontou a arma para o secretário e o obrigou a abrir o vidro. Apesar do alto valor do veículo, que é importado, o ladrão só levou o relógio de Guinle.
O secretário não registrou nenhum dos casos. Segundo o delegado-titular da 14 DP (Leblon), Márcio Franco, a tentativa de roubo na Lagoa não chegou a ser comunicada e só seria oficializada se Guinle tivesse sofrido algum tipo de agressão. Guinle não quis dar qualquer declaração sobre os episódios.
O crime do qual o secretário foi vítima no Centro é qualificado nas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública como roubo a transeunte. Esses casos foram os que tiveram o maior aumento no último levantamento divulgado pelo governo do estado. Em janeiro deste ano, foram registrados 1.316 roubos desse tipo no estado contra 1.070 no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de 23%.
Vítimas muitas vezes não registram pequenos roubos
Quando o roubo não resulta em ferimento ou morte, é comum a vítima não prestar queixa, como no caso de José Eduardo Guinle, e o fato acaba nem entrando nas contas da Secretaria de Segurança.
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