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Artigos-->Ventre em Espera, lido e comentado por Francisco Coimbra -- 29/12/2003 - 12:56 (MARIA PETRONILHO) |
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"Ventre em Espera"
Serenamente
o céu se encobre
tudo escondendo, neste
compasso
A negra terra, na fria crosta
fecha os encantos
no seu regaço
Desnudos ramos
calado o espaço
tudo adormece
A mata hiberna, o rio
dorme no lençol de neblina
cegas as luzes, parados os barcos
O sol amado está tão longe!
Florindo ramos em outras terras...
Aqui as sementes esperam
Que prestes
brilhe no horizonte o sol
e logo irrompam do solo as ervas!
Inundando seu ventre, farto de esperas!
Apenas troco
Nesta, as sementes, esperam eternas!
Por
Aqui as sementes esperam
As outras mudanças obedecem ao ritmo e à interpretação, transformando sinais
de pausa em pausas líquidas/ como o tempo dos versos: vírgulas dão lugar ao
lugar da cesura onde o verso nasce, pontos dão virgulas...
Neblina substitui bruma, mas aí foi corresponder à tua sensibilidade. Pois a
bruma não era a imagem branca, ou cinza, dum lençol de neblina que parece
cobrir a superfície...
Mais alguma mudança que haja na forma, seja acompanhar o espírito em dança!
E seja tão leve que não atropele os pés da dança, em nenhum movimento
desajeitado da mudança.
Para aqui copio e daqui envio,
Beijo
Francisco
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