Usina de Letras
Usina de Letras
291 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62168 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50575)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4754)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Carta à presidenta: Sobre datas e eventos históricos -- 16/01/2012 - 17:30 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
R E P A S S A N D O, COM MUITA  SATISFAÇÃO ! O SR. GERHARD ERICH BOEHME É, CERTAMENTE , MAIS BRASILEIRO DO QUE ESSES TRASTES QUE NOS GOVERNAM ! VOU ENVIAR PARA ALGUNS SENADORES E DEPUTADOS E SOLICITO AOS MEUS CORRESPONDENTES QUE TENHAM ,COMO EU, VIVIDO OS TEMPOS DA GLORIOSA REVOLUÇÃO DE 31 SE MARÇO E 1964, QUE FAÇAM O MESMO.
[Antonio Bruno]
 
----- Original Message -----
To: 
Sent: Saturday, January 14, 2012 5:52 AM
Subject: Datas dos eventos históricos.
 
REPASSANDO!
Segue anexa, para seu uso pessoal, o  texto  de minha  mensagem  encaminhada  à  Presidência  da  República  pelo  fato  do dia 31 de março ter sido retirado do calendário do Ministério da Defesa.
 
Abraços,
 
Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
+55 (41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR
Brasil

 
XXV Fórum da Liberdade
www.forumdaliberdade.com.br
2037: Que Brasil será o seu?
Dias 16 e 17 de abril de 2012
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Porto Alegre

http://forumdaliberdade.com.br/fl25/edicao-atual/
From: Gerhard Erich Boehme [mailto:gerhard@boehme.com.br]
Sent: Monday, January 02, 2012 2:45 PM
To: '
pessoal@presidencia.gov.br'; 'gabinetepessoal@presidencia.gov.br'
Subject: Datas dos eventos históricos.

 
À
Presidência da República
Palácio do Planalto
Praça dos 3 Poderes
CEP: 70150-900 - Brasília - DF
Tel:
(61) 3411-1200 / 3411-1201
http://www.planalto.gov.br
   
Prezados da Presidência da República,
   
Observo que na relação das datas dos eventos históricos no Site do Ministério da Defesa não consta a data de 31 de março de 1964, uma das mais significativas para todos nós brasileiros, pois os militares de forma  honrada e gloriosa souberam evitar a instauração de conflitos internos que invariavelmente nos levariam à  divisão  do país e muito derramamento de  sangue, sem contar a diáspora que se seguiria. Conseguiram evitar que  terroristas, marginais, assassinos e  déspotas  viessem a subjugar o nosso país a uma ideologia que nos era e é exótica, pois esta era afastada da  liberdade, principalmente a econômica. De igual forma souberam cassar os direitos dos políticos que pretendiam fazer uso das forças públicas estaduais para fomentar a defesa de seus interesses, e não do povo brasileiro, como foi o caso dos governadores Adhemar de Barros e Carlos Lacerda.
Saber interpretar a data de 31 de março de 1964 é e deve ser um resgate histórico, principalmente o de se entender um período conturbado da história da humanidade, de um mundo dividido, com nações sendo divididas, passando  por conflitos internos, com a redução significativa de suas populações. Retirar o 31 de março de 1964  como uma de nossas principais datas histórica
é desconsiderar  a história  brasileira, é  não  entender  a nossa  história, pois  nos  primeiros  anos da década de 1960 o Brasil passou  a  viver  período  de  crescente  instabilidade política, militar e institucional. Após o governo Juscelino Kubitschek, as eleições presidenciais de 1960 haviam consagrado o nome do Sr. Jânio Quadros. 
   
Jânio Quadros, vestido, ao longo da campanha, com a capa da moralização das  práticas  políticas e do combate à corrupção, desde logo o novo presidente  revelou seu  temperamento  instável e autoritário e passou a assumir atitudes que pouca dúvida deixavam quanto a suas reais intenções de investir-se de poderes discricionários. Cerca de  seis  meses após assumir o governo, simulou  renunciar  à  presidência,  alegando  não   poder  enfrentar  as   “forças  ocultas”  que  o  impediam   de   cumprir os compromissos assumidos com o povo brasileiro.   Sabedor  das  sérias  objeções  e  restrições que se faziam ao vice-presidente —  João Goulart (o “Jango”) — contava  Jânio  que  a  simulada  renúncia  não  seria  aceita  e  que o clamor público o faria retornar ao Palácio do Planalto com plenos poderes, livre e desimpedido das amarras constitucionais.
O estratagema  não  funcionou! O Congresso aceitou a renúncia e preparou-se  para  empossar   o vice-presidente,   então em viagem pela China Comunista. Visto pela oposição e pelas Forças Armadas como herdeiro da  política varguista e   simpático ao comunismo, a posse de Goulart enfrentou sérias resistências,dividiu o Exército e colocou o país à beira da guerra civil. Diante do impasse, adotou-se o parlamentarismo, e Goulart, finalmente, assumiu a presidência em 7 Set 1961, como chefe de estado, mas  não  de  governo. Infelizmente, de duração  efêmera, o regime  parlamentarista   foi  rejeitado  pela  esmagadora maioria da população, em plebiscito realizado em janeiro de  1963. Tal rejeição não se deu pelo fato de conhecerem ou não as vantagens do parlamentarismo, ou de observarem o princípio da subsidiariedade, mas motivados pelo calor dos debates. 
Investido dos plenos poderes presidenciais, João Goulart rapidamente passou  a  conduzir  ações  no  sentido de implementar projeto reconhecidamente golpista que desaguaria em  um  regime  totalitário  de  esquerda.  Insuflado  e  orientado  por  seu cunhado, Leonel Brizola, pregava a necessidade de “reformas de base”e a implantação de uma “república sindicalista”. Controlando o aparelho sindical, o governo  promovia  o  grevismo, a  anarquia  e  o  caos, e  o  país  passou  a  viver dias de intranquilidade, estagnação econômica e inflação descontrolada. Enfrentar e debelar tão graves problemas, afirmavam Jango e seus  aliados,  impunha  a  necessidade urgente  de  “reformas de base”, “com  ou  sem o  Congresso, na lei ou na marra!” A mensagem não poderia ser mais clara!
Aliado ao esquema governista, porém com seus próprios objetivos, identificava-se  ainda um projeto revolucionário marxista--leninista,conduzido  pelo  Partido Comunista Brasileiro e seu líder, Luiz Carlos Prestes. A  manobra  revolucionária buscava uma “frente única” e a  concretização  de  uma  “Revolução Democrática Burguesa”, ao  aliar-se à  insurreição “burguesa” de Goulart e Brizola. Ao   adotar  esse processo, o PCB   revelava  fiel  e  rígida   observância   às   diretrizes   de   Moscou ,  que recomendavam o “assalto ao poder pela via pacífica”, em contraposição a linhas de ação  mais açodadas e radicais (foquistas, trotskistas e maoístas), defensoras da luta armada.
Curiosamente, ambas as correntes - a janguista-brizolista e a comunista - viam  na adesão e participação das Forças Armadas e, em especial do Exército,condição imprescindível para a conquista de seus objetivos.
Para isso, fazia-se  mister  neutralizar,  enfraquecer  e  solapar  as  lideranças  contrárias  aos  seus  desígnios  e   montar   um “dispositivo militar” confiável, capaz de permitir e apoiar a ensandecida marcha no rumo do totalitarismo.Os chefes militares foram  classificados  em  dois  grandes  grupos: havia  os  “generais do povo”  e  os “entreguistas”;  as divisões internas foram
fomentadas; e criou-se artificial e perigosa cisão entre oficiais e graduados.Os sagrados princípios da hierarquia e da disciplina passaram a sofrer permanente ataque.
Em janeiro de 1964, em viagem a Moscou, Prestes deixou claro o papel e a  importância  dos  militares brasileiros no processo revolucionário vermelho:
Oficiais nacionalistas e comunistas assegurarão, pela força, um governo nacionalista e  anti-imperialista... As reformas de base acelerarão a conquista dos objetivos revolucionários ... O grande trunfo será o dispositivo militar.
Em março de 1964, a desordem e a intranquilidade atingiram novos patamares.
Sucediam-se as greves, e aumentavam as arruaças e ameaças de intervenção de grupos armados ligados a Brizola.A população sofria com o desabastecimento,os frequentes e inopinados cortes de energia elétrica e a quase diária  paralisação do transporte público. Arregimentada pela grande imprensa, pela  Igreja  católica  e  por  líderes  políticos, a  opinião   pública   começara a
protestar e a participar, maciçamente, de manifestações contra aquele estado de coisas. 
Em tão conturbado ambiente, três eram os cenários mais prováveis para a evolução do quadro nacional:
1.    a implantação de um regime ditatorial de esquerda;
2.    o agravamento do anarquismo sindical; e
3.    a eclosão de uma guerra civil com conotações ideológicas. 
Claramente, a sucessão democrática normal, prevista para ocorrer no ano seguinte (1965), tornava-se a cada dia mais distante e implausível. 
Confiantes nas “forças populares” e no apoio do “dispositivo militar”, Jango, Brizola  e  Prestes  buscaram  escalar a crise, na certeza de alcançarem,em curto prazo, desfecho favorável a seus propósitos.
Três episódios  caracterizariam  essa  decisão: o  comício  realizado em frente ao prédio da Central do Brasil, em 13 de março, marcado pela agressividade e radicalização das posições; o motim  de  marinheiros e fuzileiros  navais, em  25 de  março;  e  o discurso pronunciado por João Goulart no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, em 30 de março.
Dos três acontecimentos, os dois últimos influenciariam decisivamente a  evolução dos acontecimentos, ainda que de maneira diametralmente oposta à imaginada por Goulart e seus companheiros de viagem. A incitação ao motim; o  estímulo  à quebra da hierarquia e da disciplina; a virulência de Jango; e a  clara  intenção de  aprofundar  a  anarquia e a desordem despertaram nas forças vivas da nação a necessidade de pronta e enérgica reação, ainda que à custa  da quebra da ordem  constitucional. A destemida e intrépida decisão dos  Generais Mourão e  Guedes  de  iniciar, em Minas  Gerais, com  absoluta   inferioridade de meios, o deslocamento em direção ao Rio de Janeiro e a Brasília, aglutinou  e  catalisou a resposta da sociedade brasileira aos
desmandos e à subversão. A rapidez com que o movimento se fez vitorioso, sem  encontrar  a  menor  resistência  de  nenhum setor da sociedade, constitui a melhor prova do repúdio popular ao esquema golpista engendrado por Goulart e seus aliados.
A momentânea quebra da ordem institucional, respaldada e legitimada pelo Congresso e pelo imenso apoio popular, salvou a democracia, ameaçada  pela  intimidação  do  parlamento, pela  pressão das  massas sindicalizadas e pela anarquia das Forças Armadas. 
Desse modo, o  31  de  Março  de  1964  é, primordialmente,  um  fato  político  e  não  uma  quartelada, como  insinuam seus adversários e detratores...*
Não pode, pois, ser rotulado como golpe militar, como, aliás, atestou o jornalista Roberto Marinho, em editorial do jornal O Globo de 7 de outubro de 1984:
 "Participamos da Revolução de 1964, identificados   com  os  anseios  nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas   pela radicalização  ideológica,  greves,  desordem  social  e  corrupção  generalizada... Sem  o  povo, não  haveria revolução,mas apenas um “pronunciamento” ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários.(Gen José S. Fábrega Loureiro e Cel Pedro Schirmer, em “A Revolução de 1964” - Correio Brasiliense, 29 Mar 04).
Desencadeada  para  impedir  a  implantação  do  totalitarismo  de esquerda, a  Revolução  demoraria  muito  mais  do que o inicialmente previsto e desejado por seus líderes para devolver o poder a um civil eleito democraticamente.
A causa   principal  do  alongamento  do  regime reside, sem dúvida, na necessidade de enfrentar a subversão e a luta armada, intensificadas  a  partir de 1968  por organizações  comuno-terroristas. Pela  mesma  razão, viu-se obrigado a lançar mão, em momentos  extremos, de  recursos  amargos  para  impedir  o  país  de  mergulhar  em  prolongada  guerrilha  urbana  e rural,
deflagrada com o claro objetivo de implantar no país a “ditadura do proletariado”. Não  obstante o necessário e eventual uso de medidas de força, a Revolução sempre teve como meta o restabelecimento pleno da democracia. Aliás, é  bom lembrar que seu último presidente, o General Figueiredo,  governou durante seis anos sem nenhum dos poderes discricionários outorgados
por atos revolucionários.
Não  parece  justo, portanto, acoimar  de  ditatorial  um  regime  que  exigiu o  rodízio de lideranças, não praticou o culto da personalidade, não adotou o modelo do partido único, manteve os instrumentos de legalidade formais e,por fim, autolimitou--se. Mais uma vez, a palavra do jornalista Roberto Marinho ilustra e esclarece:
“Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, um  regime  de  força, consolidado há mais de vinte anos, que tenha utilizado seu próprio arbítrio para se auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena  liberdade  de imprensa. É esse,  indubitavelmente, o maior feito da revolução
de 1964.” (Julgamento da Revolução - O Globo - 7 de outubro de 1984).
Ao restabelecer o clima de ordem e paz e o princípio da autoridade, o  período revolucionário propiciou profundas, benéficas e duradouras transformações. Nunca antes, na história deste país (e nem depois), viveu-se tempo de tão acelerado progresso e concretas realizações. 
Apresentando taxas de crescimento não mais atingidas, o Brasil passou do 49º para o 8º lugar,  lugar  que  ocupa  atualmente não fosse o artificialismo de um dólar subavaliado, entre as economias do mundo. 
Dentre  outros   feitos, a  infraestrutura  do  país  foi  modernizada e  ampliada; todas  as  capitais   estaduais   passaram a ser interligadas  fisicamente, por estradas  de  muito boa  qualidade;  incorporou-se  efetivamente   a   Amazônia   ao  patrimônio nacional; desenvolveram-se as indústrias naval e aeronáutica; iaram-se a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrária e a Empresa Brasileira  de  Telecomunicações ;  multiplicou-se  por 9 a potência elétrica instalada, por 6 as reservas de petróleo e por 15 as receitas com exportações; e as fronteiras econômicas expandiram-se, com a adoção do Mar de 200 Milhas.
Iguais êxitos foram alcançados na área social, por intermédio de medidas  como, por  exemplo, a  incorporação à Previdência Social de 20 milhões de trabalhadores rurais; a promulgação do Estatuto da Terra; a criação de órgãos e instrumentos de ação social como o FGTS e o PIS/PASEP; e a instituição do MOBRAL e do Projeto Rondon.
Diante de tão expressivas e incontestáveis realizações,não é exagero afirmar-se que a Revolução modernizou o Brasil e plantou as bases físicas que, ainda hoje, alicerçam a caminhada do país no rumo do pleno  desenvolvimento,  como   sociedade  livre e democrática.
Certamente, equívocos foram cometidos. O balanço, todavia,  é  inquestionavelmente   positivo, e a  análise isenta do período,
“descompromissada com o "emocionalismo" próprio dos perdedores”, certamente revela resultados extremamente favoráveis, muito diferentes da “versão construída pelas esquerdas, com bases em referências ideológicas   inconsistentes e ultrapassadas”.
Comemorar a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 é também exaltar!...
Exaltar e homenagear as lideranças civis e militares que há  quarenta e  quatro   anos   demonstraram  a  visão,  o  arrojo  e  o destemor  para  arrostar  os  perigos  da  hora  presente  e  arrastar  a  nação  pelos  caminhos  que  haveriam de possibilitar a preservação da democracia e a preservá-la do comuno-socialismo.
Exaltar e homenagear os chefes militares que exerceram a presidência da república com os olhos postos, somente, na grandeza e nos interesses da pátria. Que pautaram suas atitudes pelo comedimento e pelo decoro; que  levaram  uma  vida  austera, sem jactâncias ou demonstrações de arrogância;que não se  entregaram  a  conchavos, buscando  reeleger-se   ou   perpetuar-se  no cargo; que não permitiram o culto a suas personalidades; que não vacilaram  em  adotar medidas duras e impopulares, em vez de ceder às práticas do assistencialismo e do populismo voltados para a manutenção de vantagens eleitorais; que selecionaram equipes  administrativas  com  base  no  mérito, e  não  para  atender  interesses  subalternos; que  se  portaram  com  altivez e
independência, sem se preocupar em agradar grupelhos e corriolas  ideológicas; que   procuraram   servir, e   não   servir-se do cargo para  enriquecer  ou  enriquecer  seus  familiares; e que, ao   término   dos  mandatos, saíram  de cena com a serenidade própria de quem soube cumprir a missão.
Exaltar e homenagear, principalmente, os incontáveis brasileiros, militares e civis, heróis anônimos que travaram e venceram o “Combate nas Trevas” contra  a  luta   armada   desencadeada  em   nossas   cidades  e no campo por ensandecidos brasileiros cooptados por facções do comunismo internacional. A expressiva frase  cunhada   pelo   General  Walter  Pires  de Carvalho e
Albuquerque, antigo Ministro do Exército, hoje gravada nas paredes de várias  de  nossas  organizações  militares,  sintetiza  a exaltação e a homenagem devidas a esses compatriotas:
“Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora de agressão e da  adversidade,  cumpriram  o duro dever  de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia”
 
Sim, estaremos sempre solidários, enquanto proclamarmos, com a força e o  vigor possíveis,  a  “Grande Mentira”  contida na afirmação de que a luta armada originou-se da opressão exercida pelos governos revolucionários, sobretudo a partir da edição do Ato Institucional Nr 5. Pois,  como  revela  o  corajoso e  franco  depoimento  de ex-integrante  de  um   grupo guerrilheiro
(sublinhados acrescentados),
 "Não  compartilho  a  lenda  de  que  no  fim  de  1960  e  no  início de 1970 nós (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do  processo   de   radicalização iniciado em 1961, o projeto das  organizações  de esquerda que  defendiam  a  luta   armada  era   revolucionário,   ofensivo  e ditatorial.
Pretendia-se  implantar  uma  ditadura  revolucionária. Não  existe   um  só   documento  dessas  organizações  em  que elas se apresentem como instrumento da resistência democrática."
Estaremos sempre solidários, enquanto lembrarmos que o sacrifício supremo  feito  por  tantos brasileiros tombados na defesa da democracia e da legalidade não recebe ou recebeu as vultosas e obscenas indenizações pagas  com dinheiro público aos que roubaram, assaltaram, sequestram e mataram.
Estaremos sempre solidários enquanto repudiarmos as tentativas de opor o “Exército de hoje, democrático e profissional”, ao “Exército de ontem,golpista e torturador”...
Estaremos sempre solidários, enquanto não permanecermos em acovardado  silêncio diante da farsa de meliantes que, em vez de se  envergonharem  de  seus  crimes  ganham  redobrada  ousadia  e  organizam-se  para  difamar  e  até levar às barras dos tribunais honrados militares que cumpriram o duro dever de combatê-los.
Estaremos  sempre  solidários, enquanto  compreendermos  que  a  democracia  impõe a convivência harmoniosa e respeitável entre  contrários, mas  não  exige  a  bajulação, a  subserviência, as  homenagens  e  as  condecorações  a  antigos agitadores e terroristas que, de armas na mão, procuraram levar a Nação à anarquia e ao comunismo.
Comemorar  o  31  de  Março, finalmente,  convida-nos   a   ouvir   vozes   de   alerta! Alerta,   porque  (para usar as palavras de  respeitado  Chefe militar) “No   momento  em   que  carece  o  país  de  exemplos  de  lealdade,  de  prática  da verdade,de honestidade, de probidade e de seriedade; no momento em que ventos  antidemocráticos   sopram   na   América   do   Sul; no momento em que se reescreve e distorce a História, com vil visão marxista”, é preciso relembrar e meditar   sobre  os ideais de 1964 !...
Alerta, porque,  apesar  de  todas  as  demonstrações  de  tolerância, respeito à ordem democrática e perdão aos criminosos de ontem, as Forças Armadas continuam marginalizadas e tratadas com descaso e mal disfarçada hostilidade.Alijadas das esferas decisórias da República, em nome da concórdia tudo têm aceito, até o inaceitável, como o pagamento de régias recompensas a traidores e  desertores  que  se  levantaram  para  implantar, em  nosso país, ditadura de modelo castrista, maoísta e soviética, ditaduras que se mostraram,de fato, serem o fracasso da humanidade. 
Alerta, porque, na revolução cultural gramcista, “Heróis não são mais os que  morreram pela  liberdade, mas os que mataram pela escravidão, e as homenagens não são mais para os homens da lei, mas para os homens sem lei”.
 Alerta, porque enquanto o banditismo alimentado pelo tráfico de drogas  aterroriza  cidades, ceifa  vidas e enluta milhares de famílias; o país  integra  foro  de  países  que  trata  como  aliada organização narco-guerrilheira de país vizinho, com claras e evidentes ramificações em nosso território.
Alerta, porque, tolerados e apoiados pelo Estado e pelo estrangeiro, grupos  revolucionários atuam livremente em todo o país e com   invulgar  capacidade  de  mobilização,  invadem  terras   produtivas, destroem  propriedades, incendeiam instalações e depredam preciosos laboratórios, na certeza de que estão acima e além da lei.
Alerta, porque a pretexto de defender etnias indígenas, organizações  não-governamentais e entidades com sede no estrangeiro controlam, na  prática,  ponderáveis  porções  do  território  nacional; e, recentemente,  conseguiram,  até  mesmo, proibir um oficial-general do Exército de acompanhar, em área sob sua jurisdição, visita de autoridade ministerial.
Alerta, porque  a  sociedade,  anestesiada  por   décadas   de   intoxicante   doutrinação,   assiste,   impassível,  a   omissão e a cumplicidade   criarem,  no  país,  clima   de  desapreço  à  verdade  e  à  ética,  de desrespeito à justiça, de desmoralização de instituições, de negociatas e escândalos.
Que “o Brasil de todos”  (de todos os brasileiros de bem),  o Brasil  verde  e  amarelo, azul e branco, o Brasil  que soube dizer “Não!”  à  cor  vermelha  em  1964,  ao  ouvir  essas  vozes de alerta, possa responder como as sentinelas das velhas fortalezas portuguesas, que em suas rondas rompiam o silêncio da noite com o brado: “Alerta estou!”.
Como qualquer data histórica, comemorar a Revolução de 31 de Março de 1964   requer   serena  reflexão, para que possamos efetivamente entendê-la, avaliá-la, exaltá-la e dela retirar ensinamentos.
Comemorar o 31 de março nos dias atuais é de fato compreender a realidade de  uma  época.  Felizmente   dela   o  Brasil não saiu dividido, nem os brasileiros tombados mortos em defesa da liberdade. Felizmente  com  o  31 de março de 1964  o  Brasil não se deixou subjugar a  ideologias  exóticas  que  hoje  estão  registradas  na  história  da  humanidade nos quatro cantos do mundo. 
A queda do Muro de Berlin, onde vieram a falecer dois de meus primos, um  deles  oficialmente, é uma  evidência clara de que os militares acertaram, seguramente erraram muito.  O  legado  da   excessiva  centralização  em  Brasília  é  um de seus piores legados. Mas este é o desafio que cabe aos políticos que  hoje  comandam  os desígnios desta nossa nação, o de dignificarem o nome de nosso país, República Federativa do Brasil, onde o federativa ainda é,  infelizmente, motivo de piada,  ou  distante de uma realidade desejada pelos brasileiros, assim observando um dos princípios mais importantes para se  edificar  uma nação e leva-la ao desenvolvimento e garantir a paz e a justiça: o princípio da subsidiariedade.
Atenciosamante,
Gerhard Erich Boehme

gerhard@boehme.com.br
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR

 
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui