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Cartas-->Estratégia Nacional de Defesa, por general Paulo Chagas -- 06/12/2011 - 13:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

“Estratégia Nacional de Defesa”, é preciso que se faça!

 

 Caros amigos

“A garantia de nos tornarmos invencíveis está em nossas próprias mãos”(Sun Tzu)

 “Nações com mentalidade de defesa são aquelas que, em tempo de paz, se preparam contra ameaças existentes, contra ameaças previsíveis e, criteriosamente, contra ameaças possíveis. A hora de consertar o telhado é quando o sol está brilhando. (...) O povo brasileiro certamente não aprova vultosos dispêndios, em detrimento de sua qualidade de vida, para tornar o país uma potência militar. Nada mais sensato. Entretanto, se instruída sobre o que anda a acontecer mundo afora, a opinião pública, possivelmente, há de querer uma estrutura de defesa capaz de dissuadir coações de potências militares que, embora mais fortes, passem a considerar inaceitável o emprego de força contra o Brasil, em face das prováveis perdas que sofreriam na empreitada. Poderíamos citar diversos exemplos semelhantes da História.” (Antônio Sepúlveda – escritor – A Defesa do Estado – Jornal do Brasil – 22/Fev/2003)

Até mesmo ao analista mais simplório fica evidente a existência das vulnerabilidades estratégicas que ameaçam a Segurança do Estado brasileiro, as quais, em sua essência, são devidas ao comprometimento fingido e hipócrita da classe dirigente do País com os assuntos relacionados à defesa, deixando aos militares a ilusão de que a sua missão constitucional é, por eles, levada a sério!

A dissociação entre a Política Externa e o respaldo militar agravam a situação.

A falsa sensação criada pelo fim da Guerra-Fria e a queda do muro de Berlim, induziu à ilusão de que os conflitos armados haviam chegado ao fim. Chegou-se a dizer que as Forças Armadas haviam perdido sua finalidade. Muitos países, imprudentemente,  reduziram efetivos e recursos orçamentários destinados à defesa.

As elites brasileiras, levadas pela índole pacífica da Nação, estribadas na ausência de contenciosos fronteiriços e no respaldo às soberanias nacionais emprestado pelo prestígio dos organismos multilaterais de cooperação, interpretaram de forma errônea o clima de aparente segurança que envolveu, por algum tempo, a humanidade, descurando-se do fato de que nas relações internacionais a moral e a ética estão subordinadas aos interesses exclusivamente nacionais.

Se em outros tempos houve uma efetiva cooperação e respeito entre nações ricas e pobres, esta se deveu basicamente à importância da manutenção das áreas de influência e dos meios de contenção expansionistas das potências mundiais que dividiam o mundo em pólos antagônicos.

Estes fatos, associados à percepção equivocada e iludida de que o desenvolvimento nacional poderia privilegiar alguma Expressão do Poder, independentemente do crescimento coordenado e harmônico de todas as expressões, foram as causas mais evidentes da criação das desigualdades e vulnerabilidades que hoje ameaçam a soberania e a ordem interna do Brasil.

A Guerra do Golfo, a Guerra do Kosovo, o atentado terrorista às Torres Gêmeas, as Guerras do Afeganistão, do Iraque e, agora, da Líbia, os crescentes conflitos político-ideológicos pela posse da terra e a ampliação das ações do crime organizado são algumas evidências irrefutáveis da necessidade de mudança de orientação e de mentalidade na condução das Políticas de Estado no Brasil, sob pena de perda da capacidade de agir e de decidir o futuro que convém e que interessa à Nação.

É essencial, portanto, que se deixe de lado a retórica e os subterfúgios, e que a sociedade, a imprensa e as instituições, em particular as Forças Armadas, não aceitem, manifestem-se e combatam com garra, eloqüência, patriotismo e seriedade, os desvios de conduta e de recursos que se tornaram a “pedra de toque” deste Governo e de seus antecessores da mesma sigla partidária,  e que exijam, entre outras sérias e urgentes providências, que a tão propalada, estudada, planejada e já estruturada “Estratégia Nacional de Defesa” deixe o papel e se transforme em realidade, antes que a evidência dos fatos e a exploração das nossas vulnerabilidades façam dela, não mais uma necessidade, mas parte de mais uma omissão a ser lamentada, esta, porém, definitiva, pois envolve a soberania e a liberdade da Nação!

Ainda há tempo e espaço para mudanças, no entanto, há que se forçar o abandono das “boas intenções”, que não são poucas, e que se adotem as “boas iniciativas”, que não são muitas. Há que se deixar de lado o “é preciso” para ficar apenas com o determinismo do “que se faça”!

Gen Bda Paulo Chagas

Águas Claras

Distrito Federal

 

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