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cronicas-->FLORES DE INVERNO -- 21/07/2001 - 15:07 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Cidade das Flores, Joinville, tem esse nome não por acaso. Ela tem flores desabrochando o ano todo, seja em pequenas plantas decorativas ou em grandes e majestosas árvores. Na primavera, a vida toma cor e cobre todo o chão. Há flor e verde por todos os lados, em todos os lugares. O amarelo do ipê sobressai.
No verão, o espetáculo continua e o destaque é para os jacatirões, que enchem nossas matas, encostas e jardins com generosas doses de pétalas que oscilam do lilás até o branco. No outono, algumas folhas caem, mas ainda desabrocham flores.
No inverno... Ah, no inverno, além da música e dos dançarinos espalhando movimento e cor pelos palcos por toda a cidade, também há flor em Joinville e em toda a região, em quase todo o Estado de Santa Catarina. Além dos pequenos pés de jacatirão híbrido, que ao contrário do tradicional, floresce em junho e julho, as touceiras de azaléia se cobrem de flores de um vermelho suave, dando vida aos nossos poucos dias frios e convidando o sol a brilhar, até que a primavera chegue. Aliás, nem só de vermelho se colore a nossa flor de inverno: as cores da azaléia vão de um vermelho claro, quase rosa, até o vermelho vivo, passa por um tom alaranjado e vai té o branco.
Tenho prestado atenção, quando passo por Joinville, por Jaraguá, Corupá, São Bento, São Francisco, Florianópolis, etc., na exuberància da azaléia nos nossos invernos. Lembro-me de minha avó Paula, que me deu uma muda dessa planta, um toquinho de caule que ela cortou do jardim de sua casa, em Curitiba, para eu fincar no chão do jardim da minha casa em Joinville, há alguns anos. O toquinho brotou e cresceu, viçoso, florescendo alguns invernos. Minha vó Paula se foi e a touceira de azaléia também, pois fui mudá-la de lugar e ela também morreu.
Mas a florescência da azaléia me lembra também a minha amiga Urda, a escritora-editora de Blumenau, a nossa romancista maior. Nunca conversei com ela sobre azaléia, mas a flor me lembra Urda. Talvez porque ela goste muito de flores - sei disso porque ela é uma grande admiradora do jacatirão e uma das maiores incentivadoras, desde a idéia inicial, da concretização do livro "Meu Pé de Jacatirão", que está indo para a teceira edição e para o qual ela fez o prefácio - e porque a imagino maravilhada, embevecida diante de uma pequena árvore de azaléia florescida, assim como ficaria entusiasmada diante de um pé de ipê coberto de amarelo, de um pé de jacatirão todinho em flor ou um flamboian carregado de botões se abrindo.
Assim como Urda se lembra de mim quando vê ou ouve falar de jacatirão, eu me lembro dela quando vejo a azaléia. E acho que azaléia combina bem com aquela cara feliz da Urda, que faz a gente ficar feliz também.Urda é uma daquelas pessoas que olha e vê. As flores não ficam apenas do lado de fora de seus olhos: elas adentram o seu olhar e ficam lá, iluminando o seu rosto...


E-mail do autor: lzamorim@terra.com.br
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