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Artigos-->4. PUERILIDADES METAFÍSICAS -- 21/08/2001 - 07:07 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Muitos de nós acreditam que Deus é quem determina isto e mais aquilo, que dá ordens aos capatazes do etéreo, primeiros ministros, serafins e querubins, huris, mensageiros de diversos coturnos, valquírias, seres elementais, anjos guardiães, espíritos superiores e mais designações que oneram o cérebro de quem deseja pensar que o Pai se assemelha aos todo-poderosos da Terra (e adjacências, quando se crê em vida nos outros planetas, mesmo em sistemas de outras galáxias, ou em que existam discos voadores).



Essa crença, dispersa nos corações, se sedimenta muitíssimas vezes, tanto que há quem acredite, mesmo entre nós, que Jesus seja a segunda pessoa da santíssima trindade, por mais que nos esforcemos para dissuadi-los de que Deus é a inteligência suprema, que não se divide e que não se materializa jamais. São coisas terríveis de serem extirpadas, ainda que passemos e repassemos o catecismo cujo resumo foi transmitido aos homens por espíritos elevados e que se encontra, apenas por exemplo, em O Livro dos Espíritos.



Dimensionado o problema, colocamo-nos frente a frente com o leitor incrédulo, aquele que folheia este livro atraído pelo título, pela capa ou que teve o interesse despertado por alguma palavra oportuna de alguém adepto da doutrina espírita. Pois bem, suspeitamos sempre de que sejamos muito mal interpretados, porque avançamos nos conceitos próprios deste plano, onde as colônias assumem quase inteiramente a feição das pequenas cidades terrenas, aquelas de mais de um milhão e menos de dois milhões de habitantes.



Eis que citamos algo pouco provável para a imaginação acostumada aos milagres ou ao nada, uns e outros dependentes de crenças insólitas, irracionais e hirsutas, dada a contextura do prazer de se saber envolvido por dimensão absolutamente incongruente e terrivelmente coatora das liberdades para o sobrenatural. Muitos vivem em plena fantasia e são incapazes de elaborar a possibilidade - que dizer da probabilidade? - da existência de outras vidas após a morte. Julgam mais fácil dominar os meios de que dispõem ao alcance das mãos e da inteligência, e não se atrevem um passo além do que os olhos enxergam. Precisam do material, vivem nele, dele e, o que é incrível, por ele. Se investissem um pouco mais nos aspectos morais dos empreendimentos, se julgassem possível, ao menos, que os outros seres (humanos, inclusive) têm sensibilidade para a percepção de realidades outras (mediúnicas, por exemplo), abririam a mente para a recepção de informações deste teor.



Cabe perguntar por que é que estamos tão interessados justamente nos indivíduos refratários aos conhecimentos espíritas, quando muitíssimas pessoas, menos abusadas, mais sensatas, menos ignorantes, mais cultas, menos cuidadosas no mau sentido, mais corajosas no bom sentido, estão à espera de informações precisas sobre o campo contíguo à realidade carnal, aquele em que desembocam os que tomam a barcaçazinha dos que se põem de pés juntos.



Sentimos, como se percebe, um pouco de frustração pela expectativa que criamos de ver os leitores adventícios, aqueles a que acima nos referimos, propensos a largar o livro definitivamente sobre a prateleira, se se controlarem quanto ao desejo de jogá-lo ao lixo. Pois é aí que mora o perigo, ou seja, é nessa postura pessimista em que os mentores não apostam, pois desejam ver-nos ir até o fim nas comunicações, para o despertar de muitos, apesar de sabermos como é que reagem psiquicamente aos arremessos da espiritualização, quanto mais da espiritização (com perdão dos neologismo).



Dissemos alhures que confiamos na inteligência dos jovens que desprezam os conselhos moralistas e se dispõem ao crime, à perversão, aos vícios, à violência, enfim, como ordem que conseguem enxergar na sociedade humana, porque vêem no caos do Universo a insegurança que introjetam nos corações. São, porém, simplesmente incapazes de pôr qualquer lei para a geração de conceitos de uniformização das reações, vamos dizer assim, moleculares. Se soubessem generalizar as explicações que se dão na Química (vejam que não intentamos citar a complexidade das leis estudadas na Física), saberiam observar um pouco além da estreiteza de seus horizontes.



Vão dizer que estamos apegados a dois ou três princípios e que além deles somos incapazes de ir. É essa uma verdade e não queremos fugir da responsabilidade de afirmar que somos muito crus e que, melhor do que nós, muitos outros irmãos teriam condições de discorrer com sabedoria, através da captação de inúmeros elementos, quer do plano material, quer do espiritual. Mas aí seria muito fácil para nós, porque abriríamos mão de estarmos gastando saliva, ou acendendo boa vela para mau defunto, ou fazendo promessa para santos do pau oco, qualquer seja a sua expressão predileta, envidando apenas o esforço de captar as obras publicadas para citar as mais coerentes com o pensamento e o sentimento que estão inspirando-nos.



- Sentiram o nosso drama? - Sentiram o nosso drama? Perguntamos de novo: - Sentiram o nosso drama?



Pois são vocês, que um dia deixamos para trás, porque nos pareciam por demais cretinos, que são a nossa preocupação. Pensam que o fato de não convencermos a nenhum vai nos trazer problemas de desenvolvimento? De forma alguma. A nossa realização independe de resultados. Queremos trazer o máximo de companheiros para a seara filosófica e doutrinária do espiritismo, mas isso é secundário, porque o que realmente nos interessa é apreender o sistema mediúnico para, futuramente, sermos capazes de textos mais elaborados e expressivos.



Não acreditou em nada do que dissemos? Pois fique aí na sua! Independe da sua vontade a vibração que estamos em condições de proporcionar para quantos se dediquem com algum interesse a esta leitura, tanto que chegaram até aqui. Por isso, precisamos agradecer, nesta altura, aos pobres sofredores, oferecendo-lhes uma palavrinha de esperança, demonstrando que estamos entusiasmados com o trabalho, ou não estaríamos desenvolvendo o tema até quejandas sofisticações.



Nada valeu a pena? Pois pensem no irmão poeta que afirmava que tudo sempre vale, quando não é pequena... O quê? O quê? O quê? A alma, que mais não é do que o espírito encarnado, aquele mesmo que sobra depois que o corpo se degenera, apodrece, se desfaz e se reintegra na natureza, pelo poder que têm as moléculas de se reagruparem, sendo esse o poder de atração de sua energia. Energia? Se você ainda tem alguma, pense positivamente a respeito dos assuntos que lançamos nestas páginas e se disponha a prosseguir pelas mensagens que se avolumam através do restante das folhas.



Eis que a perspectiva não anima. Pense um pouco também na nossa, nesta altura das transmissões e das transgressões...



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