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Cartas-->Carta ao ministro Nelson Jobim -- 08/08/2011 - 15:07 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Carta ao ministro Nelson Jobim

Ontem, 01 de agosto de 2011, assisti a sua interessante entrevista no programa “Roda Viva” da TV Brasil. Percebi que em vários momentos da entrevista o senhor encheu o peito  dizendo: “ devemos olhar para frente” e,... “os militares daqui para frente  são subordinados ao poder civil constituído”, e assim teria de ser. Acredito não ser bem assim ministro, com todo o respeito,  por vários motivos: Primeiro: não entendi porque o senhor utilizou  com tanta veemência o termo “poder civil”. Se foi para diminuir ou intimidar os militares perdeu  seu tempo, porque militar não se intimida com verborréia. Segundo, na época do antigo curso ginasial, a matéria OSPB – Organização Social e Política Brasileira –  ensinava que existiam  os poderes  executivo, legislativo e  judiciário. Nunca ouvi falar do  “poder civil”. Aprendi também  que a  vontade soberana do povo escolhe os  representantes que irão formar o poder constituído, cuja liderança poderá ser exercida  por um  cidadão brasileiro civil ou militar. Em 1946, por exemplo, o poder constituído foi liderado por um militar, o Gen Dutra,  que construiu a Via Dutra, lembra? Terceiro: subordinação não é submissão, e militar que se preza não se submete a ninguém, ele cumpre ordens. Numa sociedade justa, democrática e igualitária ninguém se submete  a ninguém, a nenhum partido político ou ideologia imposta e o poder constituído existe para servir ao povo. Aprendi isso também com a professora Mimi de OSPB. Aliás, pelo andar dos acontecimentos nos últimos tempos, os governos têm se servido mais do povo do que o contrário. Por outro lado, uma nação não é igual a outra. Cada uma tem a sua história, um apanágio a embasar a formação e a preservação da nacionalidade. O passado não se dissocia do futuro. Uma das peculiaridades da evolução da nossa nacionalidade é a presença marcante dos militares em momentos cruciais e decisivos para os rumos do país, não como intrusos, mas a pedido do povo, atendendo aos anseios do povo. Negar o passado, ministro, é fragilizar o futuro. Portanto, voltando à sua entrevista, percebe-se que a sua retórica retumbante é momentaneamente aceita nas entranhas dos  governos recentes mas, infelizmente, incompreendida por alguns militares que, assim como o senhor, também são comprometidos e só querem o melhor para o Brasil, como aquele general com um nome francês citado na entrevista , -“como é o nome dele mesmo?”- foi assim que o senhor pejorativamente no palavreado e  no gestual - abanando as mãos - se referiu ao estimado General Mainard Santa Rosa, quando este ao se manifestar como cidadão e General da República incomodou o “poder civil”  e foi “demitido”. Causou-me estranheza ainda o fato dos seus entrevistadores não se darem conta das peculiaridades e diferenças envolvendo as verdades do momento, defendidas de um lado pelo senhor e do outro pelo general de nome afrancesado, visto que são lógicas e não exigem muito preparo jornalístico e intelectual para abordá-las com isenção. Finalmente, assim como o senhor que gosta de citar frases filosóficas, penso que não é bom cutucar onça com vara curta, principalmente quando quem cutuca não dá exemplos. Assim disse a Dona Mimi, aquela professora de OSPB, matéria que infelizmente foi extinta dos currículos escolares pelo “poder civil”.
 
Atenciosamente
 
 
Haroldo Amorim Cel R/1
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