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Artigos-->O Processo de Santo André -- 22/12/2003 - 12:26 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O Processo do Prefeito Assassinado

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





É certo que o PT, quando estava na oposição ao governo anterior, do lado esquerdo que sempre o caracterizou, era mais combativo e muito mais persistente na cobrança de posições do governo, notadamente àquelas que envolvessem questões de ordem ética e moral. Mas, como tudo na vida é finito, enquanto dura, e, ainda, como diz a própria canção, “tudo passa, tudo passará”, fica sempre a dúvida sobre as reais intenções ou motivações sobre determinados fatos e atitudes.





O caso do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, político filiado ao Partido dos Trabalhadores, logo no início, despertou grande interesse por parte de políticos influentes do PT, sendo, inclusive, objeto de acompanhamento das investigações por parte de um de seus companheiros, hoje deputado federal e integrante do governo Lula. Advogado, não preciso citar o nome, o citado deputado federal é líder atuante em várias comissões do Congresso Nacional.



No calor dos acontecimentos, o assunto teve grande repercussão e, de forma inusitada, a rápida atuação da polícia civil chegou a conclusão de que o caso não tinha conotações de ordem política; não ensejando, portanto, motivos para sugerir que a motivação do crime estaria ligado a atos ilícitos, envolvendo autoridades ligadas à Prefeitura de Santo André.



Curiosamente, todos aceitaram as conclusões rápidas das investigações. E o processo se fez silente, diante mesmo das dúvidas e insatisfações manifestadas pelos parentes da vítima.



Passado algum tempo, o Ministério Público apresenta fatos novos, e o assunto volta às páginas dos jornais. Deste feita, no entanto, não se viu grande interesse por parte das lideranças do PT em discutir o assunto. Até que a oposição levantou a possibilidade de abrir uma CPI para investigar o caso com maior profundidade.





Mas a CPI esfriou. Por conta, até mesmo, de contradições havidas; posto que alegaram falta de duas assinaturas para montar a CPI, quando, na realidade, a senadora Heloísa Helena (expulsa do PT) e o Deputado Jéferson Peres, do PDT-AM, disseram não terem sido consultados a respeito, pois que, se o fossem,afirmaram, teriam assinado o pleito.



O assunto corre em segredo de Justiça. Até aí, nada de mais. O que paira no ar muitas dúvidas em relação à CPI. Queriam e agora não querem mais? Ou não é nada disso?



Penso que o assunto, como muitos desse governo, está sendo mal resolvido. Quem não deve, não teme. Alegar que a CPI poderia transformar-se num “palco” para vaidades pessoais, é desculpa antiga. A proximidade das eleições também não se justificaria, diante da morte de um pai de família que militava no Partido.



Quanto aos demais interessados, que seriam a oposição ao governo do PT, só posso atribuir o aparente desinteresse nas investigações às festas de final de ano, que, para eles, são muito mais importantes. Até porque, a convocação extraordinária, feita pelo presidente Lula, representará um acréscimo substancial no bolso de todos eles. Motivo mais do que suficiente para não perderem tempo com assunto que, a bem da verdade, é problema da polícia e da Justiça, no melhor estilo do "n ão estou nem aí".



Talvez, quando o dinheiro acabar, e todos retornarem às suas atividades, a CPI volte a despertar o interesse da oposição, se o assunto trouxer benefícios políticos. Do contrário, ficamos todos a ver navios. Sem entender o que se passa nos bastidores do poder. Onde os amigos e inimigos ocultos costumam trocar presentes de Natal.



22 de dezembro de 2003





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