Eu entro no ano novo
Como se fosse pintora
Tentando, sobre a desgraça
Desenhar outra esperança
Muda-se a data, que interessa
Se a verdadeira penhora
Se faz adentro da alma?!
Não cumpro ritos nenhuns
Nem faço muitas promessas
Mas sim, rascunho esperanças!
Não conto os segundos em coro
Nem bebo champanhe em taças
É dentro de mim que tento
Pintar de verde, as desgraças!
20/12/2003
Maria Petronilho, Almada
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