Bidião e a coligação BBB
Estava muito preocupado com as crescentes quedas de popularidade da religião Bidiónica e ao mesmo tempo insisti na continuidade da narração do Evangelho Bidiónico, apesar dos pesares! Me sentia um ouro de tolo como o meu amigo Raulzito certa vez escreveu. Religião não se faz apenas com uma ovelha desgarrada. Se faz com inúmeras desgarradas, perdidas pelo caminho, cambaleando de perna bamba e solta. Avistei ao longe, uma congregação de almas descaminhadas mas em número infinito e lá, percebi que havia um ora dor das orações próprias e alheias com testemunhos catastróficos e inimagináveis. Após a multidão, vinham os mais excluídos, tipo banda podre parque contava com diversos grupos de milícias cuja doutrina era acabar com o pior que eles, que era uma minoria. Havia um cercado cheio de bois e vacas resultantes do popinoduto recebido ao longo de dezenas de décadas e que garantiam o pão das "ovelhas brancas". Ditas ovelhas eram em número tão grande que me incentivou a aproximação cautelosa sobre a metodologia de agregação das ditas almas descaminhadas. Assisti à um discurso quase profano do ora dor que me questionou o enlutamento da minha vestimenta num calor tão grande como o do sertão. Respondi que tratava-se de uma cor que representa o bloqueio lascivo que faz da humanidade, um joguete ou mesmo um foguete. Ele não compreendeu e então me pus a dizer-lhe que se algo no humano dá errado, deve-se aos prazeres da carne contrapondo ao estado de contemplação espiritual. O ora dor achou interessante a minha explanação sobre esse e outros princípios bidionicos. Me deu uma sugestão de fazer uma co ligação, pois ainda restavam os prazeres da carne a serem combatidos entre seus seguidores. Percebi, que mesmo com queda na proposta doutrinária Bidiónica, havia algo errado e mais grave que fez com que aquele ora dor estabelecesse interesse na religião Bidiónica. Avistei então, um senhor com uma calculadora a receber os bois, colocá-los no pasto e em seguida, contar os animais que estavam cercados por um grupo de homens com chapéu e armados.
O desconfiómetro Bidiónico acendeu o alarme que era pra ter sido utilizado numa barragem que despencou na cidade vizinha, atolando diversas propriedades, matando homens e animais. Seria então o apocalipse do qual o ora dor havia falado?
Sem querer resposta imediata, me dirigi à s pressas de volta ao meu isolamento Bidiónico do qual me sentia mais seguro, dando uma desculpa diarreica.
Ao chegar no Mosteiro, dei-me conta que antes só que mal acompanhado.
Pedro Bidião de Pilar |