Joca... você também é muito especial para mim! Eu te amo desde o primeiro dia. Com seu jeitinho ingênuo e a alma pura como nenhuma outra, eu só poderia sentir uma coisa: amor.
Sei que se lembra dos momentos em que te defendi dos meninos engraçadinhos da sua sala. Dos dias em te dei todo o meu carinho, a minha compainha, porque, no meio de tanta gente, você quer ficar sozinho.
Um dia, sem querer, me chamou de mãe. Disse que sua mãe sentia ciúme da nossa amizade. Será que ela sabe que, no dia da apresentação para as mães, no ano passado, eu te deixei afastado daquele tumulto da biblioteca, porque sei que você não suporta barulho e, ficando ali, não subiria naquele palco? Eu também não suporto barulho. Coloquei-me no seu lugar. Naquele e em muitos outros momentos.
Lembro-me dos dias em que fui chamada para te acalmar. Quando você é irritado... e quando é injustiçado! Piorou. Eu te abraçava, você relutava um pouco e cedia. Acalmava-se. Desistia de brigar e me contava o que tinha acontecido. Conversávamos. Você se sentia compreendido. Não briga mais? Pararam de me chamar!
Ontem, na sua festa, eu fiquei muito feliz em vê-lo brincar e conversar com o Carlo. Logo que te conheci, disse ao seu pai que o meu filho tem seu jeito ao se expressar. As frases decoradas de desenhos animados... Podemos sim combinar de vocês brincarem. Quando quiser, querido.
Sabe por que eu quis registrar você? Porque quero ler a minha vida por toda a minha vida. E você faz parte do pedaço mais doce dela. O que eu sinto por você é amor de mãe sim. Mas sua mãe não tem mais ciúme. Ela é mãe, e eu, como você disse ontem, sou sua melhor amiga rs...
Caso a vida nos afaste, quero que saiba que está escrito aqui, no meu diário, e, com todas as palavras que não sou capaz de encontrar, no meu coração. Sempre.
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