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Artigos-->A Comissão do Santo Ofício Já Não é a Mesma -- 17/12/2003 - 13:34 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
COMISSÃO DO SANTO OFÍCIO JÁ NÃO É A MESMA





Laerte Braga

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Ela gosta de reuniões em hotéis cinco estrelas, onde o preço de um copo de água mineral é em torno de 1 dólar e 10 centavos e um simples sanduíche com acompanhamento de batatas fritas custa perto de 20 dólares. E, principalmente, onde existam saídas pelos fundos para não ter que enfrentar os protestos.











Falo do Hotel Blue Tree Park, onde a comissão do santo ofício, ou seja, o diretório nacional do PT, se reuniu para expulsar a senadora Heloísa Helena e os deputados João Fontes, Luciana Genro e Babá.







Além dos seguranças, uma empresa foi contratada para organizar o que chamaram de evento - houve denúncias de que havia por lá policiais federais disfarçados e armados para impedir qualquer manifestação contrária aos sumos sacerdotes do PT. A empresa contratada em Brasília se chama Aplausos Eventos.







Quando a senadora Heloísa Helena chegou ao local, acompanhada de vários companheiros e militantes, o encarregado da cancela eletrônica que controla o acesso ao hotel, típico de novos ricos padrão José Dirceu, José Genoíno etc, acionou o dispositivo que baixava a cancela que chegou a atingir o nariz da senadora e algumas outras pessoas. Não fosse o bom senso de alguns presentes um incidente sério teria acontecido. Para o cara que controla a cancela isso seria o de menos. Estava protegido e ungido pelos discípulos do novo messias: Luís Inácio Lula da Silva. O messias ao avesso.







Os especialistas em Nostradamus bem que podiam dar uma analisada nas previsões do dito cujo. É possível que lá esteja, codificado naturalmente, que no futuro, no século XXI, um suposto governo popular seria cooptado pelos donos do poder e, ao contrário dos messias costumeiros, nesta época, Judas teria sua vez e sua hora.







Está aí. É de impressionar a capacidade do senador Aloísio Mercadante de ser bobo. Extrapola. Do tipo do sujeito que anda com pente no bolso de trás e quando vê uma câmera, um microfone, ou uma saia, desembesta a falar, falar... Pena que, ano passado, tenha medrado nas denúncias que anunciou contra os bancos, numa CPI. Já sabia o que seria o governo Lula, já estava de posse da informação que os novos amigos do então futuro presidente eram os caras da FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos).







Mais um detalhe: sumiram com o crachá do senador Eduardo Suplicy. Genoíno só se refere ao senador como “retardado”. O jeito de ser do senador incomoda . Via de regra fala o que pensa e não traz a perversidade dentro de si. Nem a disposição para os negócios. São outros quinhentos: força moral. Suplicy votou com outro crachá.







Há quem diga que Lula ficou no Planalto com o coração partido. Conversa. O projeto que transforma o PT num misto de PSDB/PLF e PMDB vem de longe. Bem fez Brizola que pulou fora do barco. Já sentiu o cheiro, onde isso vai dar.







Segunda-feira o ministro Antônio Palocci tratou de tentar apagar a repercussão negativa da queima na fogueira da senadora e dos deputados. Falou e ganhou ampla cobertura da Globo, sobre desenvolvimento, crescimento, programas sociais, essas coisas que se esqueceram e que, ano que vem, no melhor estilo Sarney, vão ser usadas para tentar ganhar as eleições municipais.







Houve quem desse vivas, no domingo pela manhã, à prisão de Saddam Hussein. É que o fato diminuía o impacto da decisão do santo ofício petista. Mesmo com os meios de comunicação sob controle, não haveria como deixar de noticiar a boçalidade e a truculência dos novos ricos. Um escárnio o local escolhido. Fica praticamente à beira do lago. O PT começou nas ruas, na luta popular contra a ditadura e começa a acabar nos salões atapetados da mais fina burguesia do País.







O quase ex-deputado (faltam três anos para ser derrotado por traição) professor Luizinho, no seu estilo ajudante do capataz, saiu rindo, como se tivesse protagonizado um momento de dignidade e bravura. Foi só mais uma felonia e ele tem se especializado nisso.







Penso que seria fundamental espalhar por todo o País os retratos dos integrantes da comissão do santo ofício petista que votaram pela expulsão da senadora e dos deputados. É para não nos esquecermos. Há uma história que foi contada pelo escritor italiano Giovani Papini, mais ou menos assim: Judas aproximou-se de um padre, já na Roma atual, pediu licença para assentar-se e ante o susto do sacerdote quando declinou seu nome, pediu um tempo para explicar. Pio e justo, o sacerdote acedeu e ouviu o seguinte: “eu não beijei Jesus, eu cochichei no seu ouvido: mestre, dá o fora que a polícia vem aí”.







As explicações dos inquisidores do PT soam como as de Judas na história de Papini. Farsa. Piada. Falta de vergonha.









laerte.braga@uol.com.br



Publicado: 15.12..2003



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