Usina de Letras
Usina de Letras
138 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62190 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50593)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->2018 - Padecer no paraíso! -- 09/12/2018 - 12:33 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
2.018 - Padecer no paraíso!

No Natal passado recebi a notícia de que seria avó, fiquei meio quieto e a Edna deu até um grito com ameaça de desmaios em série, mas ficou somente nisso, já que a alegria tomou conta da nossa vida a partir daquele momento e eu já tergiversei a respeito de ser avó.
A minha filha Lígia ainda não sabia que ser mãe é padecer no paraíso, como já ouvi incontáveis vezes, pelas mais diversas mães que conheci e, no entanto, um filho, ou uma filha tira de letra esse tal padecimento.
Garanto que ser avó é viver no paraíso, pois nada nos incomoda, a não ser a falta do netinho quando ele não está por perto de nós. É uma saudade contínua e posso dizer que sofro desse mal com a distància do meu neto Caio.
Amanhã ele passará o dia aqui em casa e será tudo de bom o carregar, por para dormir, levantar, trocar, brincar, dar de mamar, olha são duzentos e dez mililitros e não deixa por qualquer coisa na boca e cuidado com as costinhas dele, já imagino a Lígia falando antes de ir trabalhar.
Claro que a avó Edna tomará a frente de tudo, ficando eu com a assessoria e o colo, sempre cuidando das costas como recomendado. Para fazer parte desse momento de criação do meu neto tomei uma decisão de procurar atividade somente depois do carnaval e as chances de negócios foram deixadas de lado.
A seguir declarações da Lígia, mãe do Caio, que está padecendo no paraíso e que está me dando a minha melhor crónica:
Um mês! Faz um mês que o Caio nasceu e que nascemos como pais. Um mês que vale por anos, de tantos que foram os aprendizados, os novos sentimentos e as experiências. As horas não dormidas nem contam, afinal, são parte dessa fase (mas não é o fim do mundo, como dizem por aí). O amor por esse meio metro de gente é tão grande, mas tão grande e a vontade de se dedicar ao máximo o tempo todo é tão natural, que a falta de sono é tirada de letra.
A gente quer fazer tudo e mais um pouco, mesmo cansados. A gente muda muito num estalo de dedos. E a relação do casal muda e muda muito tb. E sabe pq? Pelo AMOR. Ah, o amor!
Aquele amor que você SENTE, você DÁ e você VÊ. Sente naquele olhar, naquele abraço, naquela troca de fralda, naquele choro (da mãe e do bebê, rs). Dá naquele caldo quente, naquela louça lavada, naquele "deixa que eu resolvo", naquele "vá descansar". Vê naquele copo de água gelada oferecido durante a mamada, naquele sanduíche quase dado na boca, naquele ronco cansado de entrega, naquele "ok" de "deixa pra lá, se não vou te matar" rs... (afinal, as tretas normais de casal ganham novas dimensões e, por vezes, engraçadas, quando as opiniões divergem). Enfim, é o AMOR que te dá certeza de que tudo vale a pena e que tudo acontece na hora que tem que acontecer. Assim, aproveitando a msg de um mês do meu pingo de gente, registro aqui tb: Andre, amo você! Ou melhor... Amamos vc!!! Parabéns para nós 3.
Dois meses! Faz dois meses que muuuuita coisa mudou em nossa rotina... Que uma vidinha começou fora da minha barriga e que meu mundo se renovou e se transformou.
Descobri um mundo de muito amor, de mil mamadas diárias, de muito colo, de muitas fraldinhas trocadas e muito mais. Nunca achei que fosse achar tão lindo ver alguém fazer pum ou fazer xixi e cocó. Kkkk... Pois então... Só não sei quando vou parar de checar a respiração ou de ouvir choros imaginários quando estou longe.... É muito amor né?
Três meses! Hoje faz três meses que o choro alterna com sorrisos. Digo isso por mim e por ele. Tanto os meus como os dele não têm (mtas vezes) razão específica... Nós choramos pelas descobertas, pelo cansaço, de alegria, de fome kkkk e até sem motivos. E rimos de tudo isso e mais um pouco. Como é difícil ser mãe! Quantas emoções e quantos desafios! Mas, sem dúvida alguma, como é fácil amar mais a cada dia esse pacotinho de amor!
Quatro meses! Faz quatro meses que nossa vida ficou mais intensa, em todos os aspectos!
Agora, além de nos conhecermos bem mais, já sabemos sorrir e gargalhar juntos, já levantamos a cabeça pra ver tudo e todos, já começamos a fazer bagunça, principalmente no banho (e em algumas madrugadas, é claro), já queremos pegar tudo e levar até a boca... Sem falar na babação, que passou dos pais para o filho, e - é claro - do amor que só aumenta.
Cinco meses! Há cinco meses o foco da minha vida é outro, afinal, houve muita transformação por aqui. Passados cinco meses, olhamos tudo com mais calma. Ainda bem!
Aaaah como queria voltar no tempo e eu mesma me acalmar, dizendo que as coisas se ajeitariam e que tudo fluiria bem. Mesmo tendo ouvido isso de várias pessoas, o stress inicial foi inevitável. Só vivendo, né gente... Ultrapassamos os limites do sono, da exaustão, dos hormónios, da preocupação exacerbada, do uniforme de pijama, do grampo no cabelo... Só não foi possível preparar direito a cabeça e o coração para o segundo corte do cordão umbilical: o fim da licença-maternidade. Mas como tantas fases que vivemos e viveremos, apesar de estar doendo, uma certeza tenho pra mim: vai passar. Agora é hora de mil aprendizados... Meus e dele. Da mãozinha dele na boca e a minha segurando o coração. Dele aprendendo a brincar com seus brinquedos e eu voltando a trabalhar. Dele quase se virando e eu também. Dele nos melhores cuidados diários do mundo com as vovós e eu no WhatsApp com elas. E assim seguimos juntos... Nesse crescente e absurdo amor!
A seguir frases, nunca dantes expressadas, mas que se tornaram corriqueiras:
Com filho, a gente aprende diariamente a ser melhor e tem a oportunidade de melhorar tudo o que aprendeu para poder ensinar.
É tanto amor, mas tanto amor! #amomuito (E é tanta olheira, que meldelsssss!)
Uuuh, achoooou
Deixem os bebês serem bebês.
Falaram que eu iria passear, mas era vacina.
De volta ao trànsito a caminho do trabalho. Impossível não chorar, mas Tb impossível parar o tempo. A vida segue! Farei de tudo para que meu filho se orgulhe da mamãe aqui.
Por trás de um bebê bochechudo há uma mãe cheia de olheiras. E muito, mas muito amor.
Cada dia uma descoberta e muito mais amor.
Abraço, beijo, aperto e esmago!
Do nada, começa a chorar. Não dorme. Não mama. Troca a fralda. Resmunga. Chora. Chora. Chora. Não sei quem chora mais. Aí surge a ideia de um ofuró (banho de balde, cá entre nós) em plena madrugada... E biiiingo! O choro dá lugar ao sorriso e ao sono na sequência. Vai entender... Quem resiste a essa carinha??
Aquele momento que faz o coração derreter.
Bem pessoal ficou longa, mas precisava e neste domingo, nove de doze de dezoito, não vejo a hora de ver o Caio amanhã pelas seis da manhã, quando ele virá ficar conosco para a mãe dele ir trabalhar e ficar sentindo saudades dele.
Concluindo, aproveito para desejar a todos os melhores votos de um Feliz Natal e que dois mil e dezenove seja muito bom.
Entrando em férias das Cronicas, voltando em janeiro. Abração!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui