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Cronicas-->Amor no espaço -- 21/03/2000 - 08:37 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Leio nos jornais que a NASA teria feito experiências sexuais em um dos vóos do ónibus espacial. Depois negou, o que não faz qualquer diferença. A questão continua interessante. O objetivo da experiência era determinar como seria o amor sem gravidade, questão importante para o futuro da humanidade a longo prazo e, a curto, para os astronautas em viagens mais demoradas.

Como será o amor sem gravidade?

A gravidade é uma destas leis que pegaram, como se diz quando o pessoal decide obedecer, ainda que a força. Sendo sua ação implacável, parece bom poder revogá-la, mesmo que apenas durante uma viagem. Será? Isto é o que pretende determinar a NASA.

Como todos sabem, a lei da gravidade é aquela que derrubou a maçã sobre o pobre Newton, interrompendo sua sesta. Acordado, resolveu formulá-la e entrar para a história. Trocando em miúdos, diz que tudo cai. Isto na superfície da Terra. Se não há o que segure, tudo vai ao chão. Como o assunto é o amor, uma análise meramente técnica e impessoal diria que, com o tempo, pintos, tetas e bundas tendem a cair. É da vida sobre a terra. Como o amor exige o movimento oposto, há que ter força para compensar os efeitos da lei.

Revogada a lei, tudo que cairia, fica imóvel ou, quem sabe, sobe. Neste aspecto penso que o amor, se não for facilitado, pelo menos há de ficar mais atraente.

Lembro da imagem dos astronautas flutuando na cabina da nave, batendo no teto. Isto é mais ou menos como cair para cima. Sendo assim, parece simples. Tudo sobe viabilizando a aventura, um papai mamãe vira um mamãe papai e segue o baile. Posições mais ousadas podem ficar comprometidas, mas não se deve desprezar o gênio humano, sempre pronto a criar e resolver situações difíceis.

Concordo que não chega a ser uma grande análise e nem poderia. Melhor que isto só com verbas, comissões e análises práticas, do jeito que a NASA haverá de fazer. Fico imaginando como seriam anotados os resultados dos testes práticos. Um auxiliar que observe e faça anotações durante o teste? Uma gravação? Talvez uma reunião posterior em que cada um dos parceiros relate o ocorrido, seguida de uma acareação para dirimir os pontos controversos.

- Não coronel, o senhor não está lembrando direito, não foi tudo isto não.

A vantagem do auxiliar junto ao teste é a ajuda que ele pode dar, em especial se algo sair errado no início. Nunca se sabe. Ele atuaria mais ou menos como um diretor de filme pornó.

- Mais pra cá. Não, não, não, aí não. Ok. Agora está certo. Vai fundo. Sejam mais naturais.

Imagino que depois dos experimentos será redigido um manual com instruções práticas. Dirá onde pegar antes, o que fazer depois, qual a melhor forma, alternativas com notas e dicas de algum especialista.

Sempre haverá alguém menos acanhado que deixe a camisinha flutuando pela nave, como um lembrete dos momentos de alegria.

Imagino que a primeira camisinha deva ser guardada (intacta?) para algum destes museus. Na saída será possível comprar uma réplica e as mais caras tocarão o Danúbio Azul.


Escrito em 25.02.2000
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