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cronicas-->O Porquê Sou Vidrada em Histórias Onde Casais Se Conhecem -- 05/11/2018 - 16:15 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Porquê Sou Vidrada em Histórias Onde Casais Se Conhecem na Adolescência, Se Desencontram e Se Reencontram Anos Depois
Estamos em 2018, uma época onde, infelizmente, as pessoas tratam sexo como se fosse um deus. Por isto sou taxada de louca e maluca ao falar que sinto um amor platónico, desde 2002, e que não vejo meu amado desde aquela época, apesar dele ter voltado para a cidade onde moro em 2016.
Desde minha tenra infància escuto muitas pessoas falarem que nunca me casarei porque sou muito feia. Quando eu era menina me enchiam o saco por causa do nariz comprido e na adolescência faziam bullying por causa da minha obesidade na época.
Em 1979, quando eu tinha cinco anos, peguei meningite e fui hospitalizada num hospital infantil. Lá havia duas enfermeiras que me contavam histórias. A loira me falava causos de terror e a morena narrava romances.
Quando a morena entrou no meu quarto, indagou:
- Você gosta de histórias de amor?
Respondi:
- Gosto desde que o príncipe não beije a princesa e nem case com ela no final. Pois eu queria ouvir um conto em que os dois se conhecem na infància e se afastam. Mas se reencontram na idade adulta. Mas, por mim, eles nem precisam casar no último capítulo.
Assim ela disse:
- Deste jeito foi contar um resumo do livro chamado A Moreninha do autor Joaquim Manuel de Macedo.
Então a enfermeira me contou a história, que falava de um menino e de uma menina que se conheceram numa praia, se afastaram, cresceram e voltaram a se reencontrar na fase adulta.
Depois ela narrou a história de uma menina leiteira com uma marca de nascença no braço, da Idade Média, que gostava de um pastor jovem. Mas a mãe do menino faleceu e os avós levaram o pequeno para outro reino. Porém, o tempo passou, os dois reinos entraram em guerra. Mas antes de um soldado matar uma moça do reino rival, viu que ela tinha uma marca de nascença no braço, se lembrou da antiga amiga leiteira e os dois se reconheceram. Porém a moça estava com peste negra e morreu nos braços do amado.
Assim eu falei em voz alta:
- Quando crescer, não me casarei. Pois conhecerei uma pessoa, na minha juventude, que mudará de cidade. Mas anos depois voltará ao mesmo local e terá uma história de amor comigo, nem que eu morra no final.
Cresci sonhando com um romance assim.
Na idade adulta procurei uma explicação espiritual para saber o porquê tanta vontade de sentir um amor assim e não aceitar outro tipo de desejo. Descobri que isto talvez seja algo genético. Pois na Idade Média, apesar do puritanismo, era comum as mulheres se apaixonarem logo na adolescência. Mas terem que ver seus amados partirem para guerras e voltarem dez, quinze anos depois, etc. Talvez isto esteja impregnado no meu sangue e no meu DNA.
Até que em 2002, conheci um moço num grupo de poetas da vida real. Assim começamos a namorar e ele me via todos os dias. Até que ele se mudou para sua cidade naal, sem me falar nada.
Em 2016, ele voltou para Curitiba, cidade onde moro. Mas não quis me ver por causa de fofocas.
Eu sei que ele vende rosas na rua e um dia a gente vai se reencontrar. Não peço para que ele namore comigo e muito menos case com a minha pessoa. Pois a fantasia de viver um amor, que ficou no passado da minha juventude, é algo só meu e faz parte da minha alma. Afinal sei que ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Apenas queria saber como ele está e quais foram as cenas que viveu. Porém parece que a pessoa me vê como se eu fosse um monstro, um dragão prestes a colocar fogo em tudo.
Porém sou apenas a mesma garota, do passado, querendo viver um amor platónico. Pois sabe que não pode namorar e nem se casar na vida real porque tem uma missão mais profunda a cumprir.
Nunca me entreguei de forma carnal a homem nenhum. Por isto sei que o amor platónico é um direito legítimo que tenho. Pois não há lei que me impeça de sonhar.
Luciana do Rocio Mallon





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