Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->1962 - Agulhada -- 26/08/2018 - 13:15 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1.962 - Agulhada

Seu Jairo, por favor, pode me acompanhar, sente-se ali e responda umas perguntas; o técnico na maior gentileza e entendi quando ele falou para eu tirar os sapatos. Eu iria levar uma picada num dos pés. Deite-se aqui e coloque os pés no colchão. O senhor tem preferência de qual pé, nem respondi, ele escolheu o esquerdo e chamou a enfermeira, que na maior educação disse que não iria doer nada e que se doesse ela pararia.
Disse também da agulha ser fininha, deu umas batidinhas no peito do pé, achou uma veia e avisou da picadinha. Picadinha o cacete, pensei na hora antes de gemer. Doeu! Aí, o sorinho entrando doeu. Depois o contraste radioativo doeu muito até ela parar e voltar com o tal do sorinho, quando ela disse já estar terminando e terminou tirando a agulha, que doeu mais que tudo, mas acabou com um gelzinho e um curativo.
No pé, perguntei com o braço esticado. É no pé, tem que ser longe do pescoço, local da minha cintilografia para verificar a tireoide e as paratireoides, exame que demora e não dói, porém a agulhada inicial dói e é muito chata, como contei acima e não tem jeito não, precisa do contraste. Eu não tenho nenhuma afinidade com agulha, embora tolere em função das necessidades de uso delas no seu corpo para procedimentos de saúde e outros.
Intervalo para internet que diz da agulha ser uma ferramenta utilizada para perfurar superfícies, muito usada na costura, à máquina e à mão. No meu caso de uso médico há a agulha hipodérmica, que é uma haste metálica ou plástica, com orifício para passagem de fluido, cuja espessura varia de acordo com a viscosidade do remédio e da veia, ou artéria, que se quer alcançar. Podem ser usadas via intravenosa, subcutànea e intramuscular.
Explicaçãozinha básica para uma coisinha menor que provoca aflições maiores e digam-me quem não corre de uma agulhada. Duvido quem não tente correr, ou se dê bem com elas, mesmo que já vá arregaçando as mangas e coloque o bração para a injeção, ou, no meu caso, as nádegas. Não tenho o menor pudor, quando a moça pergunta onde vai ser. Não digo na bunda porque é feio e já viro abaixando as calças, mostrando as nádegas.
Você fica sem essa opção na cadeira do dentista, ou é nas gengivas, ou no céu da boca, ou nos dois lugares, que é o que acontece sempre comigo. O Doutor Francisco já sabe e me diz que vai doer, mas é rapidinho e, no entanto, dura uma eternidade; ele vai soltando o líquido anestésico e eu vou subindo na cadeira até ele me colocar pra baixo e tirar a agulha, que é fininha, porém ardida pior que pimenta.
Um tempo atrás cismei de fazer acupuntura, justo eu amigo inseparável das agulhas e vocês sabem que acupuntura é um ramo da medicina tradicional chinesa e consiste na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo. Ainda bem que não durou muito essa minha vontade e não aguentei mais que três sessões. Nada contra, mas fugi delas, sem vergonha nenhuma.
O duro é que nessa altura da vida cada vez mais vou sofrer nas mãos delas, pois vivo fazendo exames para acompanhar minha saúde e amanhã mesmo vou coletar sangue, uma nova agulhada que já está me incomodando. Minhas veias somem dificultando a coleta e aumentando a dor, isso se não precisar mudar de braço e levar outra agulhada adicional.
Das memórias que tenho sobre agulhadas, falo do Quitú, dono da farmácia que ao menor sinal de gripe vinha aplicar uma injeção salvadora, doída e acompanhada de um chocolate, ou um pedaço de maçã. A vantagem é que se podia chorar. Lembro-me da fila de alunos, dois a dois, caminhando para o Posto de Saúde, com a professora segurando na mão do primeiro, falando da necessidade de se tomar a vacina, aquela que se tomava no braço, reinava e ficava aquela marquinha. O choro era livre e a falta no dia seguinte também.
Hoje, domingo vinte e seis de oito de dezoito, olhando o curativo no meu pé esquerdo tenho que comentar de uma agulhada na mão direita para colocar o acesso de entrada de soro, ou de anestésico necessário para exame de endoscopia. Esta agulhada dói, mas amo de paixão e sabem por que, a anestesia dá um relax total, mas só com ordem médica.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui