1.953 - Toca aqui!
Esses dias o Guilherme escreveu reclamando dos correios, pela bagunça e atraso, que não é demérito só da agência local e sim da empresa estatal em geral, já há muito tempo jogada à s traças e aos desmandos dos seus administradores todos, desde o início do famigerado "mensalão", que começou nas suas entranhas e partiu ao Banco do Brasil, como todos sabem e viram o seu desenrolar.
Eu já recebi o Postal com mais de quarenta e quatro dias de atraso desde o dia da sua postagem e olha que incrível, esta semana eu recebi o nosso Jornal nesta semana mesmo, tanto que já estou com ele lido de cabo a rabo, inclusive a minha própria crónica, aquela das mais letras e que termina com a frase: "A vida sempre começa de novo!".
Também li as Pequenas Notas do Orlando e gostei muito, principalmente do seu trecho final, que reproduzo aqui - "É verdade que nestas alturas não dá para passar a vida a limpo, mas olhando no retrovisor do passado vou dizendo adeus ao homem velho, saudando o feliz homem novo que agora vai ser docemente chamado de vovó por uma voz pequenina cheia de doçura. E este coração antigo, como uma gaveta velha cheia de entulho, se remoçará outra vez, principalmente agora que o neto Pedro também chegou. Ele já é meu companheirão. Toca aqui!".
É o Orlando remoçando e seguindo a frase acima, pois a vida sempre começa de novo, não é mesmo, aliás, eu também ando remoçando na convivência com meu neto e digo o mesmo, toca aqui Caio do meu coração. Toca aqui!
Voltando aos Correios, não dá para lhes dizer toque aqui e quem fará deles um recomeçar, a não ser só começando de novo nas mãos de outras pessoas, quem sabe passando pela privatização, cuja atitude poderia ter sido tomada nos anos noventa, como outros canais de comunicação passaram por isso e hoje se temos um celular em cada mão não é por mérito do governo e sim por obra de empreendedores privados.
Aproveitando o jornal da semana passada e que chegou a tempo recorde, recomendo o editorial do Terrinha - "Votar em quem?" onde ele discorre sobre a iniquidade que domina os meandros da política. Iniquidade é o ato de transgredir a lei ou os bons costumes, mau caratismo, próprio dos políticos brasileiros, como bem escreve o Terrinha e após uma ótima análise ele termina com uma pergunta - "Votar em quem, eis a questão?".
No caso da política, para a vida começar de novo só passando a limpo e acabando com as velhas raposas, aquelas que não largam o osso de jeito nenhum, exemplo maior é um tal presidiário ditando regras através de bilhetinhos mal escritos, que, todavia, tem seguidores em todos os estados. Também temos exemplo nas saladas que um certo chuchu vem querendo impingir aos eleitores desavisados.
Não existiriam velhas raposas políticas, se não existissem também velhas raposas nos quadros de eleitores, aquelas que vêm se beneficiando nesses anos todos daquelas raposas que são colocadas para tomar conta dos galinheiros, onde acabamos sempre depenados.
De raposa em raposa, votar em quem, eis a questão e sabem quantos já são os possíveis candidatos a presidente nas próximas eleições. Está no UOL, mais de quinze nomes anunciados pelos partidos, não vai ser fácil não, já que plataformas de governo não são nem cogitadas, a não ser o mal e velho ranço da politicagem, não da boa política. O pior é que se você não quer participar, por não ser político, você sempre será governado por um político dos bãos, ou dos ruins.
Não fuja da escolha, não faça como a maioria não quer fazer, pois previsões de deserção na hora do voto nas próximas eleições são enormes, chegando a ser maior que o número de votantes e neste domingo, cinco de oito de dezoito, como dizer toca aqui a um político dos bãos. Ensinem-me e espalhem a receita, estamos todos precisando para transformar e começar de novo um país. Para isso, toca aqui!
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