Muito se tem discutido sobre o que seria uma escola moderna.
Uma escola moderna se faz com política, com técnicas, com métodos ou com recursos ?
Na realidade, uma escola moderna se faz com seres humanos. Nada no mundo substitui a presença do homem na solução das dificuldades que ele vive. Vou abordar alguns pontos cruciais para que uma escola seja a mais contemporânea possível:
1 – Os professores – Há muito que o conceito professor/aluno deveria Ter sido mudado. Não se concebe mais o professor como o “sabe-tudo”. Hoje o professor deve ser encarado como um “facilitador da aprendizagem”. Continua sendo, sem dúvida alguma, uma peça insubstituível, porém mal direcionada.
2 - Os alunos – A postura do aluno dentro de um colégio precisa ser mais dinâmica. Já não é mais aceitável a visão do aluno sentado, escutando, enquanto o professor fala...fala...fala. O ensino hoje deve ser acima de tudo dinâmico, participativo e interativo. Cabe ao professor atualizar-se nas novas técnicas e recursos para tornar o ensino participativo..
3 – As técnicas – A antiga (porém atual) técnica de correr contra o tempo, isto é, de dar muita informação em pouco tempo, inibe o professor de utilizar os processos interativos, de buscar soluções, de respeitar a individualidade de cada aluno, pois sabemos que, cada um tem o seu tempo de assimilação. Se fossem adotadas técnicas de estudo em grupo nas salas ou até mesmo de estudos de casos reais ligados ao tema da aula, certamente o processo seria facilitado e muito mais aplicável e proveitoso.
4 – Os recursos – O antigo quadro de giz (porém atual) já se torna nos dias de hoje um bloqueio ao aprendizado. Com a globalização, a “história” toma outro rumo. Já não se concebe tanta preocupação com a história antiga, passada, se somos invadidos dentro de nossa casa com o que aconteceu de mais importante no Japão e que certamente dentro de alguns dias, alguns meses terá influência direta em nossas vidas. Por que não falar sobre a revolução de 64 que a obscuridade começa a se revelar hoje, seja no comportamento político ou social, seja no financeiro ou comportamental, para falarmos da Invasão Holandesa, Balaiada, Batalha do Riachuelo, etc ?
Por que não usar filmes como recursos à preferir “somente” o uso de livros didáticos ?
Por que não estudar o desmatamento da Amazônia suas conseqüências política e social junto à humanidade ao contrário de decorar a altura do Pico da Bandeira ?
Por que não debater assuntos atuais? Assuntos extraídos dos jornais e revistas, preparando os alunos para o que há de vir como conseqüência e deixar-mos de lado a Revolução Francesa que nada mais influenciará a sociedade.
Isto só será possível se mudarmos, radicalmente, os recursos instrucionais que hoje ainda são utilizados pela “Escola”.
5 – Valorização do ser humano – Não posso também deixar de abordar que, uma escola contemporânea, passa pela valorização do ser humano. A valorização do ser humano como fator de “qualidade” no ensino, passa pelo salário dos professores, pela atualização pedagógica de todos aqueles que estão envolvidos na Educação; passa também pela revisão curricular do ensino público, pelo investimento físico das instalações escolares, proporcionando assim maior conforto aos alunos e muitos outros investimentos que só uma política governamental correta de distribuição orçamentária poderá modificar o quadro atual.
Para muitos, isto será considerado uma utopia. Para os sonhadores, apenas uma conscientização do povo para colocar o governante certo num país que um dia dará certo.