Em 25 de julho de 2018, no Centro de Campo Largo, a guarda municipal recebeu uma denúncia sobre um rapaz se fingido de surdo e mudo. Quando os guardas chegaram ao local, abordaram um moço que estava distribuindo panfletos, pedindo doações, onde ele dizia ser deficiente. No momento, o jovem estava usando a linguagem de sinais com os transeuntes. Porém após a abordagem o rapaz confessou, com a própria voz, que mentiu sobre a deficiência.
Este fato me lembrou de uma história semelhante que presenciei no final do anos 80:
Em 1988 , eu morava em Brasília . Mas , em 1989 , meu pai foi transferido para Curitiba .
No meu primeiro dia de aula , na capital do Paraná , peguei o ónibus e me deparei com uma situação um tanto estranha :
Um menor distribuía um papel com um adesivo para cada pessoa no ónibus . Mas , chegou uma determinada hora , em que o menor começou a recolher os papéis e os adesivos .
O problema é que eu coloquei o papel e o adesivo no bolso .
Porém , chegou o ponto em que o menino iria descer . Então , na escadinha do ónibus , ele me olhou e me disse :
- Menina , eu quero meu adesivo de volta .
Então , tirei o adesivo e o papel do bolso e li em voz alta :
- Sou surdo e mudou , por favor , compre este adesivo para me ajudar .
Deste jeito , entendi o golpe e ironicamente , falei ao menor :
- Você é surdo e mundo ? Então , agora aconteceu um milagre : você falou !
Assim , o menino vendo a própria gafe que cometeu , saiu do ónibus correndo .
Luciana do Rocio Mallon
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