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Artigos-->Para Lavar a Alma -- 09/12/2003 - 17:22 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Lavar a Alma Com Pouca Água

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





Lavar a alma com pouca água não é motivo de alegria. A água não deu nem para limpar o tão falado subteto. O Poder Legislativo continua com média salarial que humilha qualquer servidor do Poder Executivo. O Legislativo – federal, estaduais e municipais -, continuarão com os privilégios de sempre. Breve teremos mais uma famosa convocação extraordinária de fim de ano. Para engordar a conta bancária dos nobres parlamentares como pagamento de salários, extras e integrais, por serviços que já deveriam estar devidamente prestados.



A água não deu para lavar : verba de gabinete, de R$ 35 mil reais, para contratar assessores individuais; a verba indenizatória, de R$12 mil, para ressarcir despesas com o funcionamento de escritórios nos estados; para cobrir os custos com telefonemas, correios, auxílio-moradia e cinco passagens aéreas por semana; além de passagens aéreas e diárias nas viagens de acompanhando de comitivas presidenciais ou para participação de seminários de eficácia duvidosa em relação aos objetivos do Congresso Nacional. Total: : cerca de R$ 80 mil reais por mês, para cada deputado ou senador.



Valores, diga-se de passagem, que se reproduzem nas casas legislativas dos estados e dos mais de 5.500 municípios, guardadas as devidas proporções.



Isto sem falar nos parlamentares que são nomeados ministros, e que têm a sua disposição, milhares de cargos comissionados, de livre nomeação e exoneração, para indicar quem quiser, já que a lei específica não exige do ocupante qualquer comprovação de escolaridade ou de experiência. Sem concurso público, que ninguém é de ferro.



Diferente dos membros do Poder Judiciário, que só têm o salário, e que são obrigados a prestar concurso para ingresso na magistratura, e que não dispõem de verbas ou auxílios extras de qualquer natureza. Um verdadeiro absurdo. E ainda dizem que o Judiciário é quem mais precisa de controle externo.





Lavar a alma com pouca água não é motivo de alegria. Principalmente se olharmos para algumas sujeiras, que grudam neste país, a saber:

nobres parlamentares como pagamento de salários, extras e integrais, por serviços que já deveriam estar devidamente prestados.





O governo deveria BAIXAR OS JUROS (muito mais do que o fez até agora) e RENEGOCIAR A DÍVIDA COM O FMI. Não tem sentido este jogo de cartas marcadas. Onde só o sistema financeiro sai ganhando. Às custas da miséria e do empobrecimento dos brasileiros. Chega do “afagos” ao presidente Lula. A imprensa, parte dela, é muito interesseira. /////



Chega de subserviência do governo ao capital especulativo. Coragem para maldizer do Judiciário, não lhe falta. Mas na hora de enfrentar a realidade, cadê a coragem? Vamos falar grosso com o FMI. Isto é uma vergonha! Nunca vi um país melhorar de vida sob a tutela da exploração internacional.



Agora que as reformas começaram a andar, não tem mais desculpas. Está mais do que na hora de o governo, junto com os parlamentares, dedicar-se, com maior rigor, aos trabalhos de apuração do que pode ser considerado o maior escândalo deste país: A REMESSA, ILEGAL, DE 32 BILHÕES DE DÓLARES PARA O EXTERIOR. Até agora, não vimos nenhum figurão ser convocado para depor da CPI. Excesso de zelo?



É preciso tentar, por todos os meios legais, colocar esta quadrilha de ladrões engravatados na cadeia. E reaver, pelo menos, parte deste dinheiro. Que, aliás, está fazendo muita falta. E matando muita gente de fome e de vergonha.



Não podemos ficar neste “chove-não-molha”. Como se a reforma da Previdência pudesse resolver todos os problemas dos brasileiros. Não resolverá nem os dos governadores. Daqui a quatro anos, o rombo voltará a crescer. Pois não se está atacando as causas verdadeiras dos supostos déficits. E aí não haverá mais a “ajuda” dos aposentados. E. talvez, nem aposentados.



O governo excluiu da reforma da Previdência os militares e os parlamentares. E vive implicando com o Judiciário. Não se fala nos senhores deputados, que custam cerca de R$ 80 mil reais mensais, cada, aos cofres públicos. Nem aborda a questão dos ex- presidentes, ex-governadores e outros “ex”, que têm direito a aposentadoria vitalícia e cumulativa, em torno de R$10 mil reais, bastando cumprir, apenas, QUATRO ANOS DE MANDATO. Nem se fala sobre as escandalosas contratações para a Câmara, burlando o sistema do mérito, recrutando dezenas de pessoas com o salário de R$ 7 mil, sendo que nos Quadros de Pessoal do Legislativo já existem assessores que poderiam prestar estes mesmos serviços.



Dá a impressão que o governo considera a aposentadoria como um crime hediondo. Só falta, agora, estabelecer a pena de morte para os aposentados.



LULA é o maior exemplo de propaganda enganosa. Na campanha, e durante toda a sua vida de sindicalista, defendia a integralidade dos proventos dos servidores, porque entendia - corretamente, aliás -, que quem contribui sobre tudo o que ganha, teria garantido tal direito. E agora, com um sorriso amarelo, se volta para suas próprias convicções.



Se ele tivesse sido franco, nenhum servidor votaria nele. Trata-se, sim, de estelionato eleitoral. Eu me sinto traído. Quero meu voto de volta.





O Brasil, segundo autoridades governamentais, teria saído da UTI. Pode ser. Mas ainda corre perigo de vida. Ainda respira com a ajuda de aparelhos. E persistem os sinais de falência múltipla dos órgãos. São mais de trinta e cinco. Mas, funcionando mesmo, embora com certa lentidão e, nem sempre, com a eficiência que era de se esperar, apenas dois ou três. Entre os quais o Ministério da Fazenda, o Banco Central e o Ministério do Planejamento. Até quando? Ninguém sabe.



A Reforma da Previdência inverteu a ordem das coisas: Reduziu as aposentadorias dos servidores públicos, ao estabelecer limites iguais aos dos trabalhadores do setor privado. Estes, por sua vez, tiveram o limite dobrado (para R$2.400) e ainda ficaram com o direito relativo ao FGTS. Dois pesos e duas medidas? Ou é para prejudicar, mesmo, os servidores públicos?



09 de dezembro de 2003











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